É notório que as escolas enfrentam problemas em relação ao Ensino de Língua Portuguesa, principalmente, no ensino da norma padrão, visto que quando o aluno inicia o processo de aquisição da escrita é bem provável que ele escreva como fala, ou seja, apresente influências da oralidade em sua escrita. Partindo desse pressuposto, este trabalho visa investigar a influência da oralidade na produção escrita de alunos do 2º ano do Ensino Médio, apontando formas de lidar com as situações de alunos que apresentam essas interferências, numa perspectiva da sociolinguística variacionista. Como fundamentação teórica utilizamos Mussalin e Bentes (2009), Marcuschi (2010), Cagliari (2009), entre outros. Essa pesquisa é de cunho quantitativo e qualitativo, buscando abordar as variações em relação as interferências da oralidade nas produções de textos dos alunos, analisando fatores linguísticos e extralinguísticos: gênero, faixa-etária e contexto social acerca das interferências oralidade na escrita, presentes nos textos. Como resultado da pesquisa, verificamos que muitas pessoas não escrevem do mesmo jeito que falam, essas diferenças entre oralidade e escrita são perceptíveis, e essas influências espontâneas, são marcas que aparecem para preencher lacunas próprias do uso da escrita. Percebemos, diante disso, que a oralidade influência à escrita e que ambas são indispensáveis, pois cada uma desempenha suas funções em contextos sociais diferentes.
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