Avaliação da expressão dos transportadores de glicose em cérebro de camundongos portadores de diabetes mellitus do tipo 2: possível envolvimento na gênese da demência

• Autor
• Maria Luiza Estimo Michalani
• Co-autores
• Ubiratan Fabres Machado
• Resumo

• A demência, caracterizada por déficit cognitivo, tem diversos subtipos, sendo a mais comum a doença de Alzheimer (AD), que tem como característica geral o acúmulo do peptídeo beta amiloide (A?), além da neurodegeneração, gliose, perda sináptica e neuroinflamação. Evidências epidemiológicas sugerem que características presentes no quadro de diabetes mellitus do tipo 2 (DM2), como resistência à insulina e hiperglicemia, têm participação chave na gênese da AD. A disponibilidade de glicose tem papel fundamental na homeostasia neuronal e deficiências no aporte de glicose parecem se relacionar com o desenvolvimento da AD. Além disso, prejuízos na via de sinalização da insulina e no aporte de glicose no cérebro causam diversas alterações como acúmulo de A?, estresse oxidativo e de retículo, ativação de cascatas pró-inflamatórias e neurodegeneração, características presentes na AD. Na atualidade, as incidências de DM e AD vêm aumentando, tanto pelo envelhecimento da população como pelo aumento de fatores predisponentes como a obesidade. Assim, determinar a ocorrência de alterações em mecanismos que regulam o aporte de glicose cerebral no quadro de DM2 pode demonstrar que, de fato, o DM participa da etiopatogenia da AD e pode revelar mecanismos sobre os quais novas estratégias preventivas e/ou terapêuticas para AD possam ser desenvolvidas. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo é avaliar a expressão de transportadores de glicose e de marcadores moleculares de neuroinflamação, neurodegeneração, resistência insulínica e permeabilidade da BHE no cérebro de camundongos portadores de DM2, buscando correlacionar as alterações observadas com o desenvolvimento de AD. Até o presente momento, estabelecemos um protocolo de obtenção de animais portadores de diabetes mellitus do tipo 2 que mimetiza algumas das principais características dessa doença encontradas em humanos como hiperglicemia e deficiência na secreção de insulina. Além disso, avaliamos a expressão dos genes de transportadores de glicose e de marcadores de neuroinflamação no hipocampo desses animais. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (nº 3898091019). A aluna possui bolsa CAPES (nº processo: 88887.465053/2019-00).

• Palavras-chave
• Diabetes, demência, homeostasia glicêmica, transportadores de glicose
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Fisiologia Endócrina

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