A produção de uma urina mais concentrada que o plasma pelos rins?importante para a manutenção do balanço hídrico do organismo?depende da geração e manutenção de um gradiente osmótico ao longo do eixo córtico-medular e do aumento da permeabilidade do ducto coletor cortical (DCC) à água, sendo ambos os processos regulados na presença do hormônio antidiurético (HAD). O gradiente osmótico é dado pelo acúmulo no interstício medular de NaCl?reabsorvido no segmento ascendente espesso da alça de Henle, impermeável à água, via cotransportador Na+-K+-2Cl-?e ureia?reabsorvida pelas células principais do ducto coletor medular interno (DCMI) via transportadores de ureia UT-A1, na membrana apical, e, UT-A3, nas membranas apical e basolateral. O aumento da permeabilidade do epitélio DCC à água depende do HAD que leva a inserção de aquaporinas 2 (AQP2) na membrana apical das células principais e, com isso, ocorre reabsorção de água do DCC para o interstício medular, mais concentrado. Estudos feitos no nosso laboratório demonstram que UT-A3 também transporta água, além de ureia, indicando que essa proteína poderia contribuir com o aumento da permeabilidade à água do epitélio do DC. Desse modo, nesse trabalho investigamos o efeito da co-expressão de UT-A3 e AQP2 na permeabilidade osmótica à água (Pf) em oócitos da rã Lithobates catesbeianus. Para isso, oócitos isolados foram injetados com cRNA para expressão de UT-A3 de camundongo (m), AQP2 de rato (r), mUT-A3 + rAQP2 ou H2O (oócitos controle). A expressão de mUT-A3 (com epítopo c-Myc) e/ou rAQP2 na membrana do oócito foi avaliada por experimentos de biotinilação e “western blot”, utilizando o anticorpo anti-cMyc ou anti-rAQP2. A Pf dos oócitos foi computada por meio de microscopia de vídeo-imagem para registrar o aumento do volume celular de grupos de oócitos colocados em uma solução hipotônica (70 mOsm/L). As mudanças subsequentes no volume da célula foram usadas para calcular a Pf (cm/s) (CEUA nº 7971160519). Os ensaios de “western blot” das amostras biotiniladas dos oócitos injetados com cRNA para mUT-A3, rAQP2 ou mUT-A3 + rAQP2 revelaram bandas imunorreativas consistentes com o peso molecular de mUT-A3, com e sem glicosilação, e de rAQP2, sem glicosilação. O valor médio da Pf dos oócitos controle injetados com H2O foi significativamente menor (p <0,0125) quando comparados aos oócitos injetados com cRNA para a expressão de mUT-A3 ou rAQP2. Curiosamente, oócitos injetados com mUT-A3 + rAQP2 apresentaram valores de Pf significativamente maiores do que àquelas dos oócitos injetados apenas com mUT-A3 ou rAQP2. Portanto, é plausível que o transporte de água mediado por UT-A3 no DCMI, em conjunto com o transporte de água pelas AQP2 no DCC, possa potencializar a reabsorção de água no sistema de DC quando os níveis de HAD estão altos, como ocorre em condições fisiológicas em que o organismo precisa conservar água, como na desidratação. Agências de fomento: FAPESP, Projeto: 2018/22855-1 e CNPq, Projeto: 832347/1999-0.
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini