A inflamação é definida como uma resposta biológica provocada por inúmeros agentes, e é peça fundamental na defesa contra infecções e distúrbios da homeostasia. Astrócitos e neurônios da região do núcleo retrotrapezóide (RTN) já foram demonstrados que participam da resposta ventilatória em resposta à hipercapnia e hipóxia. Entretanto, ainda não há dados que elucidem uma possível participação das células da microglia nessa mesma atividade. No presente estudo, investigamos se a redução dos níveis de O2 (hipóxia) seria capaz de promover ativação microglial na região do RTN, bem como uma modificação da atividade respiratória. Camundongos C57BL/6J (CEUA: 8256040619) machos e adultos (24 - 34g) foram utilizados. Os animais foram submetidos à pletismografia de corpo inteiro, sendo divididos em dois grupos: grupo normoxia (FiO2=0,21, 1h) e grupo hipóxia (FiO2=0,08, 1h) para posterior perfusão e análise imunohistoquímica para o marcador de micróglia (Ionized calcium binding adaptor molecule 1 – Iba-1). A partir da análise fractal do RTN, foi observado que os animais submetidos à hipóxia tiveram aumento na densidade (0,042 ± 0,002; normoxia: 0,037 ± 0,001), no perímetro (2058 ± 65; normoxia: 1801 ± 25), na área (312776 ± 35046; normóxia: 217650 ± 11825) e na dimensão fractal (1,542 ± 0,01031; normoxia: 1,445 ± 0,01478) das micróglias. Um aumento foi visto também nesta região, nas análises de esqueletonização: branch number/cell (4 x 108 ± 1,7 x 108; normoxia: 3,121 x 108 ± 3,318 x 107, p = 0,0431) e end points/cell (124 ± 8; normóxia: 99 ± 7). Os parâmetros morfológicos de lacunaridade (0,362 ± 0,008; normóxia: 0,42 ± 0,013) e span ratio (1,3 ± 0,022; normóxia: 1.42 ± 0,032) tiveram uma redução nos animais submetidos à hipóxia. Por outro lado, o número de células (11 ± 0,536; normóxia: 12 ± 0,664) e a circularidade (0,813 ± 0,003; normóxia: 0,808 ± 0,004) não tiveram diferenças significativas. Ao analisar o núcleo magno da rafe, não foi possível observar alterações significantes nos parâmetros de morfologia da micróglia. Diante dos achados, parece que a redução nos níveis de O2 é capaz de alterar a morfologia de células microgliais e de suas ramificações apenas na região RTN, podendo induzir a um maior recrutamento das células microgliais nesta região, com o objetivo de restabelecimento da homeostase. Apoio financeiro: FAPESP, CNPq CAPES/PROEX.
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini