INTRODUÇÃO: As artropatias crônicas estão entre as principais causas de incapacidade funcional. São existentes vários tipos de artropatias, entre elas a artrite gotosa (metabólico), artrite séptica (infecciosa) e osteoartrite-OA (degenerativa), sendo esta incapacitante e a mais prevalente, principalmente relacionada ao envelhecimento e obesidade. Embora paliativos, o tratamento consiste em intra-articulares, anti-inflamatórios não esteriodais (AINEs), opióides ou glicocorticóides para alívio dos sintomas, mas estes têm sido associados a diversos efeitos adversos. Entre as investigações em modelos animais que reproduzam a OA, a indução química por monossódioiodocetato (MIA) mimetiza de forma semelhante a OA em humanos, pelas características inflamatórias e degenerativas sobre a cartilagem articular. Neste modelo existem eventos de liberação de mediadores pró-inflamatórios, mediadores de estresse oxidativo, apoptose de condrócitos, destruição da cartilagem articular, hiperalgesia e redução da funcionalidade. OBJETIVOS: Caracterizar o modelo de OA induzida por MIA em ratos. MÉTODOS: Estudos científicos sobre o modelo de OA induzida MIA em ratos (1972-2020), pesquisados entre julho a setembro de 2020, periódicos online de ScienceDirect e PubMed utilizando as palavras-chave: “inflammation and monossodiumiodoacetate” “Hypernociception and MIA-induced osteoarthritis”. Excluídos trabalhos que utilizassem camundongos ou que não utilizassem o MIA como indutor da OA. RESULTADOS: A OA induzida por MIA causa redução rápida, transitória e dependente da dose nos joelhos de ratos e perda secundária progressiva a longo prazo da funcionalidade articular, redução na concentração de proteoglicanos na cartilagem articular, inibição do anabolismo na patela periférica, aumento do infiltrado de mononucleares, apoptose de condrocitos e edema articular. Além disso, este modelo induz erosões com perda de matriz cartilaginosa na zona superficial e média, áreas de desnudação com perda de revestimento de cartilagem e danos semelhantes ao revestimento da cartilagem articular com exposição óssea, proliferação cellular, aumento do estresse oxidativo, apoptose e perda de proteoglicanos associados à alta expressão de citocinas pró-inflamatórias e metaloproteinases da matriz. CONCLUSÕES: A osteoartrite apresenta inflamação, mecanismos moleculares e consequentemente perda ou redução da funcionalidade articular. Reproduzir as características da fisiopatologia da OA em modelos animais tem sido desafiador, porém, avanços em modelos animais de OA como o induzido por MIA em ratos, têm demonstrado semelhanças com a OA em humanos e sendo um modelo fidedigno para o estudo dessa patologia.
Agradecimentos: Instituto Superior de Ciências Biomédicas (ISCB), Universidade Estadual do Ceará, Professores: Alana de Freitas Pires & Rondinelle Ribeiro Castro.
Agencias de Fomento: CNPq, FUNCAP, CAPES.
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini