Câncer é o crescimento desregrado e agressivo de células, existindo mais de 100 tipos deste complexo grupo de doenças que é a segunda maior causa de mortes no mundo, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. Só em 2018, o Brasil registrou um total de 224.712 mortos por câncer, sendo 117.477 homens e 107.235 mulheres, destas 17.572 (16.4%) foram por algum tipo de câncer de mama. Estima-se que, no Brasil, tenham sido gastos R$ 18,9 bilhões com o tratamento de câncer; apenas o SUS (Sistema Único de Saúde) gastou em 2017 no país, R$ 4,5 bilhões. A doxorrubicina é um quimioterápico da família das antraciclinas, amplamente utilizado na prática clínica por ser considerado eficaz contra um grande número de tumores sólidos. Todavia, ela pode ser citotóxica, atrapalhando o próprio tratamento oncológico, causando danos que favorecem a oncogênese, além de afetar fatores de transcrição, dentre eles o PPARy (receptor ativado por proliferador de peroxissomo - gama). O PPARy é um fator transcricional da família dos PPARs com importante papel promotor de adipogênese, lipogênese, captação de glicose, síntese de adipocinas e bloqueio da inflamação; também desempenha um papel significante na diferenciação e proliferação celular. Ele tem sua distribuição nos tecidos em diferentes padrões, variando de acordo com o tipo e estágio do tumor. Dessa forma, o objetivo deste estudo é determinar a importância do PPARy no desenvolvimento de câncer de mama, assim como no tratamento com doxorrubicina. Para isto, iremos avaliar a expressão gênica de PPAR? ao longo do tempo (24 horas a 7 dias) em cultura de células MCF-7 (linhagem humana de câncer de mama responsiva à progesterona e estrogênio) e MCF-10 (linhagem celular epitelial não-tumorigênica [controle]). Além disso, será investigado o PPARy em E0771 (linhagem murina triplo negativa e independente de hormônios) quando associado com doxorrubicina. Para responder a esta pergunta, as células E0771 serão cultivadas ou não com doxorrubicina e com rosiglitazona (agonista de PPAR?) ou GW9662 (antagonista de PPAR?) por 24h. Utilizaremos as técnicas de imunohistoquímica e western blot para averiguar marcadores de proliferação celular (Ki67 e PCNA) e marcadores de apoptose (BCL2 e caspase-3 na forma total e clivada), além de PCR em tempo real para analisar a expressão gênica de PPARy e seus alvos (CD36 e LPL) e ELISA do meio de cultivo para quantificar a produção de citocinas inflamatórias (TNF?, IL-6, IL-1?) e fatores de crescimento como o VEGF. Este trabalho é isento de aprovação do Comitê de Ética pois não utilizaremos animais, apenas células e é apoiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP 2021/00648-7.
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini