Introdução A fumaça de cigarros e o treino físico são condições que influenciam o remodelamento cardíaco tanto na massa quanto no teor de colágeno intersticial. Objetivo Este trabalho visou compreender a repercussão da exposição à fumaça de cigarros sobre o teor de colágeno cardíaco de ratos nas camadas epicárdio, mesocárdio e endocárdio em contraposição à exposição ao exercício físico por natação. Métodos Após a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp-EPM sob nº protocolo nº 01149/06, foram utilizados ratos machos, Wistar-EPM, distribuídos em 4 grupos: CONTROLE (C): animais não submetidos a manobras: n = 6; TREINADOS (T): animais submetidos a protocolo de natação: n = 6; FUMANTES (F): animais submetidos a protocolo de exposição à fumaça de cigarros: n = 6; TREINADOS/FUMANTES (TF): animais submetidos a protocolo de natação e de exposição à fumaça de cigarros: n = 6. O Protocolo de Exercício Físico por Natação: os animais nadaram por 8 semanas, 5 dias por semana, em dois períodos diários: 60 minutos pela manhã e 60 minutos à tarde. Protocolo de Exposição à Fumaça de Cigarros: numa câmara com 4 caixas plásticas contendo 5 animais cada, vigorou ambiente enriquecido com fumaça originada da queima de 20 cigarros por 60 minutos pela manhã e 60 minutos à tarde, 5 dias por semana, durante 8 semanas. Ao término do protocolo os corações seguiram para análise histopatológica do epicárdio, mesocárdio e endocárdio. Os resultados foram expressos em percentagens. Análise estatística realizada por ANOVA uma via e testes pos-hoc de Tukey, com significância de p < 0,05. Resultados O teor de colágeno do miocárdio para a camada do epicárdio no grupo F (4,0 ± 1,4%) aumentou 2 vezes em relação aos grupos C (1,9 ± 0,3%), com significância estatística de p < 0,001, e T (2,117 ± 0,4%), com diferença estatística em relação a F de p < 0,01. Para o teor colágeno do mesocárdio, o grupo F (14,00 ± 9%) foi 3 vezes maior do que C (4,7 ± 0,6%) e duas vezes maior do que T (7,5 ± 0,4%), sendo este maior do que C. TF (10,0 ± 0,6%) foi maior do que C e T. A grandeza das diferenças entre os grupos, por ordem de valores, foi F > TF > T > C. Para todas as diferenças a significância estatística assumiu valores de p < 0,0001. O endocárdio teve os seguintes valores de teor de colágeno: F (9,3 ± 1,6%) maior do que C (4,3 ± 0,3%), T (3,0 ± 1,6%) e TF (4,2 ± 0,4%). Para todos os casos a significância estatística assumiu valores de p < 0,0001. Conclusão Com estes resultados conclui-se que o treino físico promove benefícios estruturais no músculo cardíaco, evitando o aumento do colágeno provocado pela exposição ao fumo de cigarros, e de consequentes disfunções. Agradecimentos Este trabalho foi realizado graças à equipe do Laboratório de Fisiologia e Fisiopatologia Cardíacas da Unifesp-EPM, sob direção do Prof. Dr. Paulo Tucci, e teve apoio financeiro da FAPESP, do CNPq e da Unifesp.
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini