A injúria renal aguda (IRA) altera a hemodinâmica renal, leva à injúria tubular, ativa vias de inflamação, proliferação e morte celular. O dano inicial causado no tecido renal após um evento de isquemia/reperfusão sugere importante papel na patogênese do curso da IRA, assim como na predisposição à doença renal crônica (DRC). A deficiência de vitamina D (dVD) tem sido considerada como um fator de risco para a doença renal e está associada ao dano túbulo-interstícial, contribuindo para a progressão da doença renal. A obesidade está relacionada diretamente ao diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial (HA), principais desordens metabólicas responsáveis pela progressão da doença renal em estágio final. Além disso, a expansão do tecido adiposo vem sendo demonstrada como importante fator para maior secreção de citocinas pró-inflamatórias e possível influência na progressão da doença renal. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da dVD e da obesidade na progressão da doença renal em modelo de isquemia/reperfusão renal em ratos obesos e deficientes em vitamina D. Ratos Wistar foram acompanhados por 90 dias e submetidos à cirurgia de isquemia/reperfusão renal no 45 dia de protocolo. Os animais foram divididos em quatro grupos de acordo com a dieta recebida: padrão (I/R), depletada em vitamina D (I/R+dVD), hiperlipídica (I/R+H) ou hiperlipídica depletada em vitamina D (I/R+H+dVD). Os procedimentos experimentais utilizados neste estudo foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (n°1438/2020). Foram observados níveis indetectáveis de vitamina D nos animais que receberam dieta livre desse hormônio (I/R+dVD e I/R+H+dVD) ao final dos 90 dias. Alterações no perfil antropométrico como aumento do peso corpóreo, do índice de massa corporal, da circunferência abdominal e da circunferência torácica foram observados nos animais que receberam as dietas hiperlipídicas (I/R+H e I/R+H+dVD). Declínio da função e do fluxo sanguíneo renal, aumento da pressão arterial média, dos níveis de colesterol, triglicérides, glicemia e redução de lipoproteínas de alta densidade foram observados no grupo I/R+H+dVD. Além disso, a associação entre a obesidade e dVD contribuiu para o aumento da proteinúria e maior expressão renal da proteína quimiotática para monócitos 1 e do colágeno do tipo 3. Nossos resultados mostram que o efeito sinérgico da obesidade e da deficiência de vitamina D agravou a evolução da doença renal. Agradecimento direcionado às Agências de Fomento CAPES e FAPESP (Processos: 2019/20840-0, 2018/12297-1, 2018/04930-6).
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini