O tecido adiposo perivascular (PVAT) é uma gordura que circunda a camada adventícia da maioria dos vasos sanguíneos. O PVAT tem propriedade vasoativa, uma vez que libera fatores vasoconstritores e vasodilatadores capazes de controlar o tônus vascular. Em condições fisiológicas, o PVAT apresenta um efeito anticontrátil em que há maior liberação de fatores vasodilatadores sobre os vasoconstritores, efeito este relatado primeiramente por Soltis e Cassis, em 1991. No entanto, em doenças cardiometabólicas como a hipertensão arterial (HA) esse efeito está reduzido, apresentando-se disfuncional. Em metade dos pacientes com HA primária, e em alguns modelos experimentais de HA, observa-se aumento nas concentrações plasmáticas de um fator endógeno capaz de inibir a atividade da Na+/K+-ATPase, chamado ouabaína (OUA). Além disso, a OUA também é capaz de induzir a ativação de proteínas quinases em um mecanismo de transdução de sinais. Já é bastante relatado que a administração crônica de OUA em ratos Wistar induz HA, envolvendo mecanismos centrais, cardíacos, renais e vasculares. Assim, na aorta torácica de ratos com HA induzida pelo tratamento crônico com OUA (5 semanas), observa-se uma hiporreatividade à fenilefrina associada a maior liberação de fatores vasodilatadores derivados do endotélio e redução de fatores vasoconstritores derivados da ciclooxigenase. Isso associado a uma maior ativação do sistema endotelina (ET), via receptor ETA (ETAR), mas sem participação da angiotensina II (Ang II) via receptor AT1 (AT1R). Sabendo que o PVAT é um importante regulador do tônus vascular e, que a OUA, é capaz de modular o tônus aórtico, o presente estudo objetiva investigar o efeito anticontrátil do PVAT aórtico na HA induzida pelo tratamento crônico com OUA durante 5 semanas. Para isso, serão utilizados ratos Wistar com seis semanas de idade, provenientes do Biotério de Produção de Ratos do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP). Estes serão mantidos em gaiolas, sob condições controladas de temperatura, e ciclo claro/escuro de 12h, com acesso livre à ração e água. Todos os protocolos e procedimentos experimentais serão realizados seguindo os princípios éticos e com aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) do ICB/USP sob o parecer nº 1506170821. Os animais serão divididos em dois grupos: OUA, onde serão implantados pellets de liberação controlada (8,0 ?g por dia, s.c.) durante 5 semanas, e Controle. A pressão arterial será monitorada antes e durante o tratamento por pletismografia de cauda. A função do PVAT aórtico será investigada com o uso do miógrafo de arame; as vias oxidativas e pró-inflamatórias que podem estar envolvidas na perda do efeito anticontrátil do PVAT, com especial atenção para os sistemas SRA e/ou ET, serão investigadas por meio de técnicas de Western Blot e RT-PCR. Agradecemos ao CNPq pelo apoio financeiro.
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Patrizia Dardi
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Ana Caroline Rippi Moreno
Ana Flávia Fernandes Ferreira
Caroline Pancera Laurindo
Felipe José Costa Viana
Flaviane de Fatima Silva
Jéssica Mayara Nascimento Lopes
Karen Cristina Rego Gregorio
Natália Monteiro Pessoa
Paulo Henrique Evangelista Silva
Patrizia Dardi
Thayna dos Santos Vieira
Vanessa Brito Cândido
Vanielle A. do Nascimento Vicente
Yago Carvalho Lima
Docentes:
Profª Dra Andréa da Silva Torrão
Profª Dra Maria Oliveira de Souza
Profº Dr Fernando Rodrigues de Moraes Abdulkade
Funcionários:
Leila Affini