ALTERAÇÕES GLOBAIS DE METILAÇÃO DO DNA EM ADULTOS COM TDAH E SUA COMORBIDADE COM O TRANSTORNO BIPOLAR: RELAÇÕES COM ESCORES POLIGÊNICOS

• Autor
• João Kleber Neves Ramos
• Co-autores
• Diana Müller , Eugenio H. Grevet , Natasha A. Figueira da Silva , Bruna S. da Silva , Cibele E. Bandeira , Eduardo Barbosa , Eduardo S. Vitola , Mariele F. Charão , Rafael Linden , Luis A. Rohde , Claiton E. D. Bau , Diego Luiz Rovaris
• Resumo

• Introdução: Fatores genéticos e ambientais contribuem para a etiologia do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Nesse sentido, o estudo dos mecanismos epigenéticos pode contribuir para o entendimento da neurobiologia do transtorno. A metilação global do DNA (GMe) avaliada através dos níveis de 5-metilcitosina pode ser um biomarcador epigenético promissor para capturar efeitos biológicos de longa duração em resposta a mudanças ambientais e hormonais. Métodos: As abordagens experimentais deste protocolo estão de acordo com os princípios do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP (Número CAAE 44505621.3.0000.5467 e 60633516.2.2002.5467). Realizamos a primeira avaliação dos níveis de GMe em indivíduos com TDAH (n = 394) e suas principais comorbidades em comparação com controles populacionais (n = 390). Além disso, dada a alta contribuição genética para o TDAH (herdabilidade de 80%), os escores de risco poligênico (PRS) foram calculados para verificar a contribuição genética sobre os níveis de GMe no TDAH e nas comorbidades associadas aos níveis de GMe. Resultados: Os níveis de GMe observados nos casos foram mais baixos do que nos controles (P = 1,3e-8), com as mulheres sendo significativamente menos metiladas globalmente do que os homens (P <0,001). Em relação às comorbidades, a presença de transtorno bipolar (TB) entre os pacientes com TDAH foi associada a maiores níveis de metilação (P = 0,023). Os PRSs mais preditivos de TDAH e TB foram negativamente (P = 0,0065) e positivamente (P = 0,0043) correlacionados com GMe, respectivamente. Conclusões: Este estudo é o primeiro a relatar uma associação entre GMe, TDAH e sua comorbidade com TB e associações entre PRSs para transtornos psiquiátricos específicos e GMe. Nossos resultados somam-se às evidências anteriores de que o GMe pode ser uma peça relevante no cenário etiológico dos transtornos psiquiátricos.

   

   

  Agência de fomento: FAPERGS, CNPq e bolsa CAPES (88887.502798/2020-00)

• Palavras-chave
• Metilação global do DNA; Risco Poligênico; Epigenética; TDAH; Bipolar;
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Neurofisiologia

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