DO FLAVIO À ELIS REGINA: PERFORMATIVIDADE DE GÊNERO NO ROMANCE UM AMOR DIFERENTE. NOSSAS ESCOLHAS DO ESPÍRITU AUGUSTO CESAR VANNUCCI E O MÉDIUM JOÃO ALBERTO TEODORO

  • Autor
  • Henry Isaac Peña Grajales
  • Resumo
  •  

    Flavio é o garoto homogênero, protagonista do romance homoafetivo "Um amor diferente", que trabalha, como transformista todo fim de semana no espaço público de uma casa de entretenimento noturno. Seus espetáculos musicais têm muito sucesso, suas imitações de mulheres são perfeitas, atraentes e interessantes para os homens que curtem esses musicais performativos de gênero na procura de lazer e diversão. Uma das artistas performadas, interpretadas e dubladas pelo Flavio é a cantora brasileira Elis Regina, desencarnada em 1982.

    À luz do espiritismo, o espírito imortal não tem sexo, isso explana que identidade de gênero sejam questão de desconstrução e performance social e espiritual. No ato performativo representativo, como a representação e construção de uma personagem ou da feminidade mesma, não há um dado fornecido, mas performado, representado, construído, desconstruído e reconstruído. Dai que ninguém nasça mulher, e sim se transforme numa delas (BEAUVOIR, 1970), como é o caso da performação e representação no cenário da Elis Regina por Flávio. É tal qual disse Butler (2003) a categoria mulher é um quefazer cultural variável, posto que ninguém nasce com um gênero, o gênero é sempre adquirido, aprendido, performado.

    Através da metodologia bibliográfico-argumentativa se pretende explicar o fenômeno e o fato da performance de gênero com base na teoria do espiritismo e na obra Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade da Judith Butler (2003). Para ela a performatividade de gênero se dá em dois casos: no primeiro, dá volta em torno à figura da linguagem metalepse, e, no segundo, como repetição e ritual que consegue seu efeitto no contexto de um corpo, compreendido como a duração temporal mantida culturalmente.

    O objetivo é relacionar o romance espírita homoafetivo com a teoria da performatividade da Judith Butler. A apresentação contribuirá para compreendermos o transformismo musical como um ato artístico, públkico e performático de gênero. Espera-se que o relacionamento fato entre o romance e a performance de gênero motive mais analises de personagens lésbicas, homogenéricas, bigenéricas, trigenéricas, etc., em narrativas literárias espíritas para a busca da compreensão, a valorização e a convivência pacífica em espaços públicos de performance artística de gênero.

     

  • Palavras-chave
  • transformismo, performatividade de gênero, performance musical em público
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