CANDOMBLÉ: MEMÓRIA, RESISTÊNCIA, INOVAÇÃO

  • Autor
  • Janara Puchulate de Moraes
  • Resumo
  • Ainda que um ser humano olhe para outro e veja um objeto, aquele que é olhado como coisa continua sendo humano e continua possuindo cultura, costumes e fé. É sobre a permanência e reinvenção da fé dos iorubás, que estão entre os povos que foram trazidos forçadamente da África para o Brasil, que pretendemos dissertar.

    As crenças dos iorubás que foram trazidas para o Brasil através da escravização se transformaram, entre outras manifestações culturais, no Candomblé. O Candomblé, então, religião muitas vezes vista como algo ruim, apesar de ter origens na fé praticada na África, éuma religião brasileira que surgiu na Bahia, no século XIX. Não existia a religião chamada Candomblé na África. Antes da vinda dos iorubás para o Brasil, antes da colonização europeia na África, não havia em tal continente a necessidade de se nomear a fé. O que havia em tal região era a religiosidade local, que, no Brasil, recebeu uma ressignificação.

    Acreditamos que tal ressignificação coloca o Candomblé como uma religião que guarda a memória dos tempos da escravidão e do período anterior a ela. Como também faz do Candomblé uma forma de resistência, já que não se admitia que pretos e pretas fossem pessoas, que dirá pessoas com uma forma própria de fé. Mas para isso tudo o Candomblé também precisou da inovação para se fazer existir e permanecer existindo num contexto desfavorável à sua existência.

     

     

  • Palavras-chave
  • candomblé; memória; resistência; religiosidade; ressignificação.
  • Área Temática
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