A presente pesquisa aborda uma reflexão do conflito armado e geopolítico entre Rússia e Ucrania, buscando abordar o papel da religião e como ela alimenta o nacionalismo russo e seu sentimento antiocidentalista.
Metodologicamente, este trabalho caracteriza-se como um estudo bibliográfico, que para MARCONI e LAKATOS (2003) trata-se de uma “pesquisa e de um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema que compõem”. Nesse proposito metodológico, comtempla-se as seguintes etapas: 1) Levantamento bibliográfico; 2) Formulação do problema; 3) Identificação das fontes; 4) Leitura analítica do material; 5) Construção de fichamentos; 6) Redação final.
Este estudo justifica-se na compreensão da religiosidade Russa enquanto um mecanismo legitimador da instituição governamental, passando a ter sua participação na guerra, de tal modo que a religião acabou tornando-se uma mola propulsora para a invasão do pais vizinho.
O objetivo desta pesquisa é refletir o impacto da religião e da religiosidade no conflito entre Rússia e Ucrânia, percebendo sua força agenciadora na construção do ideal nacionalista e do sentimento de nação que emerge diante de várias demandas políticas, sociais e culturais.
Os resultados prévios desta pesquisa apontam para uma reflexão do papel da religião enquanto um mecanismo de influência no conflito entre Rússia e a Ucrânia, haja vista que a elaboração de uma identidade única contribui para o argumento do atual presidente, justificada no discurso da “limpeza cultural legitima”. Com ambos países predominantemente ortodoxos, apelar para a religiosidade e as similaridades entre valores e costumes acaba sendo uma estratégia de unificação territorial possível para o chefe de Estado Russo.
Neste sentido, a pesquisa contribui ao GT para a reflexão do papel da religião em conflitos armados em um mundo liquido e global, uma vez que direitos humanos são violados constantemente em virtude das ações políticas. Dessa forma, pensar o papel da religiosidade na guerra é criar possíveis rotas de análise em como a religião pode flutuar entre a promoção da paz, da vida e da liberdade humana, e ao mesmo tempo funcionar como mecanismo ideológico que justifica conflitos e desterritorializações.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica