O objetivo é analisar como são construídas as representações de bruxas e benzedeiras nas telenovelas brasileiras e como elas se relacionam na medida em que personificam uma batalha travada entre o bem e o mal. O texto tratará de um caso: a minissérie Ilha das Bruxas, produzida pela Rede Manchete e exibida pela primeira vez em 1991; dividida em dezesseis capítulos, teve repercussão polêmica devido a cenas de sexo e nudez, cujo conteúdo foi considerado sensível pela temática relacionada à bruxaria. A trama se passa no ano de 1919, em uma vila de pescadores na Ilha de Santa Catarina: os conflitos amorosos e de poder são atravessados pela presença de uma benzedeira e um benzedor principais, postos como antagônicos a um grupo de mulheres que se revoltam com a opressão masculina na comunidade, liderado por uma velha. Por último – discutindo a representação cultural de tais personagens –, o que se espera é, de um lado, compreender as nuances de uma oposição imaginada entre a religião e a magia; de outro, elucidar aspectos relacionados a essas figuras enquanto expressões do poder feminino e a especificidades das relações ao nível da dinâmica local.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica