A comunicação propõe tratar introdutoriamente dos primeiros contatos da China com o budismo indiano, ainda no séc. I de nossa era. Por meio de revisão bibliográfica, que acompanha a obra “História do Pensamento Chinês” de Anne Cheng como seu fio condutor, visa explorar dois questionamentos: como se deu a assimilação de aspectos da doutrina budista no cotidiano Chinês da época e como figuraram propriamente essas primeiras interações.
Além disso, objetiva explanar a complexa fusão de conceitos originários de filosofias e religiosidades chinesas já estabelecidas, como o taoísmo e confucionismo, no processo de tradução das ideias e doutrina budista, entendendo esse processo como filosófico em si mesmo, político externamente e originário de um budismo essencialmente chinês.
Utiliza-se da denominação dada pela autora base - “primeira fase do budismo na China” - para explorar esse período marcado por traduções que mesclavam conceitos da filosofia chinesa com os termos originais budistas em sânscrito. Nesse sentido, procura demonstrar um pouco mais sobre as influências desse momento de maior criação de terminologias do que uma fiel transliteração do Dharma.
Também parte do princípio de que o contexto encontrado pelo budismo na China distingue-se dos daquele dos demais países asiáticos uma vez que os fundamentos das filosofias chinesas já estavam consolidados naquela civilização.
Por fim, espera demonstrar os aspectos políticos e filosóficos que moldaram o primeiro momento do budismo na China, além de entender a relevância desse modelo de traduções na formação dessa religião. Visa, também, ampliar a incipiente produção acadêmica de conteúdos sobre a história budismo chinês em língua portuguesa.
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V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
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Rúbia Campos Guimarães Cruz
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