A intolerância religiosa destinada a religiões afro-brasileiras é um fenômeno que tem crescido, gradativamente, na sociedade brasileira. A presença de violências físicas e simbólicas em relação a esses grupos em diferentes contextos se deu mediante as especificidades do Brasil, construído às margens de um colonialismo segregativo e impositivo. Diante da crescente desse fato e da emergência, progressiva, dos grupos neopentecostais no Brasil, a presente pesquisa visa observar como se concebe essa intolerância atualmente por parte dos neopentecostais destinados às religiões afro-brasileiras. Para isso, pretende-se analisar os discursos de Edir Macedo e Valdemiro Santiago - líderes evangélicos - em suas redes sociais (Instagram, Twitter e YouTube), de modo a detectar as características discriminatórias voltadas às religiões afro-brasileiras. Não obstante, é possível notar que os neopentecostais consideram religiões de matrizes africanas como “inimigas” e, por isso, promovem tais violências. A pesquisa se encontra em fase embrionária, mas traz percepções sobre como a marginalização social acontece e assim, fere a liberdade de expressão e os direitos humanos no que tange a diversidade social do país. Além disso, nos faz compreender como se dá a magnitude do fenômeno e troca de saberes de estudos relacionados com as questões étnico- raciais, contemplando o desenvolvimento da pesquisa.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica