A transplantação da Igreja Messiânica Mundial, uma Nova Religião Japonesa, do Japão para o Brasil foi objeto de pesquisas que evidenciaram mudanças na liturgia de culto (ANJOS, 2012) e em aspecto arquitetônicos da construção do Solo Sagrado (RIBEIRO, 2009), categoria nativa que denomina o espaço, sagrado para os messiânicos, que representaria o protótipo de construção do Paraíso na Terra. O Solo Sagrado edificado em São Paulo, às margens da represa de Guarapiranga, possui características próprias quando comparado aos originais idealizados pelo fundador, Mokichi Okada. Este processo de mudanças pelo qual a IMM passou ao ser inserida em um novo contexto social é verificado também nas músicas utilizadas nos rituais. Temos como hipótese que este foi um importante meio de inculturação da fé messiânica no Brasil o que procuramos demonstrar neste artigo. Para tanto, além de uma breve revisão bibliográfica sobre as já mencionadas pesquisas sobre a transplantação da IMM, realizamos uma análise musical dos salmos do fundador. Para tanto, comparamos os poemas no estilo haiku - composições tradicionais de três versos com regularidade de 5, 7 e 5 sílabas métricas cada - que são entoados diariamente nos cultos da igreja no Japão com dois hinos que compõem os cultos mensais de agradecimento no Brasil: Hino da Luz Divina e Salmo Plano Divino. Desta forma buscamos evidenciar que não apenas as letras, mas, sobretudo, as músicas, ganharam acordes e arranjos que as aproximaram do estilo cristão dos hinos de congregação.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica