O presente trabalho pretende abordar a noção de história estrutural, dando ênfase a sua relação com a crítica da superstição espinosana tais como foram pensadas por Marilena Chauí, sobretudo em sua tese de doutorado Introdução à leitura de Espinosa, defendida em 1971. Partimos do pressuposto de que a noção de história estrutural foi fundamental para Marilena tecer o motivo central daquele trabalho: pensar o Estado autoritário a partir da crítica da superstição e a o possibilidade de transformação daquele. Dessa forma, entendemos ser possível tangenciar alguns dos pontos centrais da tese da autora, tendo em mente a afirmação da autora, qual seja, “No tempo sem garantia onde se efetuam liberdade e desejo de servir, a história se faz e, desde que não confundamos memória e hábito, o recurso ao passado é maneira de narrar o presente.” Pretendemos com essa temática repensar a relação entre o trabalho de história da filosofia e o tempo presente, isto é, de que modo a leitura de um autor clássico, como Espinosa, pode nos abrir um campo de pensamento que nos franqueie reagir criticamente a uma inquietação do presente, no caso de Marilena em seu texto e contexto de doutorado, a violência do Estado autoritário bem como da sociedade autoritária.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica