A crítica, enquanto tentativa teórica de primarizar o objeto e a partir dele desenhar um método que tenha os traços das suas contradições, parece ter sido abandonada nas leituras feitas das Teologias de Libertação. Essa nova forma teológica que prioriza a práxis de libertação enquanto fundamento educativo da produção teológica muitas vezes permanece como uma aporia social. Quando tenta-se explicitar os contornos das novidades que criou, sem abraçar as suas próprias formas e contradições sociais imanentes, não se consegue apreender o movimento do objeto, mas uma imagem estática, incompleta. O atual trabalho pretender apreender, dando primazia ao objeto, o lastro que as Teologias de Libertação fundaram nas construções e contextos políticos dos seus períodos, e para isso iremos adentrar na leitura das primeiras obras de três autores de tradições diferentes das Teologias de Libertação: James H. Cone, em Black Theology and Black Power (1969); Rubem Alves, Towards a Liberation Theology (1968); Hugo Assmann, Teología desde la praxís de la liberación (1973). Nessas obras iremos debater o que elas dialogam internamente, e o que elas apresentam de um conteúdo social que lhes era comum. Trata-se, sobretudo, de buscar nas Teologias da Libertação a marcas de um social que já não existe no novo tempo do mundo.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica