A ayahuasca é uma bebida de origem indígena que tornou-se conhecida a partir da segunda metade do século XX, pelo uso não-indígena realizado por três grupos religiosos distintos: Santo Daime, União do Vegetal e Barquinha. Luna (2002) propõe: “Sob certas condições algumas plantas ou ‘vegetais’ possuidoras de sábios espíritos, teriam a faculdade de “ensinar” às pessoas que os procuram. (LUNA 2002, p. 181). Portanto, no contexto em que é utilizada é considerada uma planta mestra. Esse trabalho é parte da pesquisa que desenvolvo no mestrado em Psicologia, a pesquisa busca compreender os processos de transformação pessoal através do uso da ayahuasca. A psicanálise compreende o processo de constituição do psiquismo, a partir da ideia da atividade psíquica a partir do conceito de pulsão, mostrando a importância do corpo no âmbito psicanalítico e sua incidência no psiquismo. Corpo será nosso ponto de partida, no sentido que, no perspectivismo “o corpo humano não mais ocupa um lugar único e estável no esquema do cosmos, já que sua forma é inteiramente relativa à perspectiva de um testemunho” (TAYLOR; VIVEIROS DE CASTRO, 2006, p.01). Portanto, o corpo é um instrumento de subjetivação privilegiado, também ativo na experiência ayahuasqueira.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica