Quando falamos sobre mulheres na bruxaria Wicca, em geral observa-se um pensamento que gira em torno das contribuições e ações realizadas por esse grupo acerca do sagrado feminino, da valorização das concepções de gênero e principalmente da sexualidade. No entanto, a atenção que tais temas merecem não foram dados a essas mulheres desde sempre, na verdade eles surgiram a partir de organizações, reinvindicações e ações de mulheres como Zsuzsanna Budapeste e Miriam Simos que percebiam a importância de tais discussões dentro no movimento religioso. Budapeste por exemplo, compreendia que a religião deveria ser entendida como algo político, uma vez que, influencia suas ações. Nesse sentido a política torna-se um veículo pela qual a religião perpetua um sistema social. Devemos considerar ainda uma outra pauta marcadamente atribuída aos Wiccanos como intrínseca, que é a luta contra a destruição ecológica. Problemática que na verdade só ganha importância em decorrência das ações de bruxas feministas norte americanas e posteriormente torna-se uma máxima do neopaganismo com a forte ligação do ecofeminismo. Nesse sentido, o presente trabalho propõe um estudo de compreensão sobre as pautas inseridas na Wicca através das ações das bruxas feministas e que seguem vigentes ainda hoje como o cerne da religião. Tais compreensões, partem de análises de publicações feitas por essas bruxas que visam nortear direcionamentos de tradições presentes na Wicca. Por fim, compreendo a importância desse trabalho para o GT, uma vez que, ainda se percebe o pouco conhecimento sobre a bruxaria Wicca, e menos ainda as ferramentas políticas feministas acionadas por essas mulheres a fim de reivindicar uma posição de não subalternização na religião.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica