A palavra “apócrifo” é de origem grega e significa “escondido”. No cristianismo, conhecemos esta palavra como um adjetivo denominador dos livros não reconhecidos como autênticos pela igreja, livros que não estão presentes no cânon bíblico da igreja em questão. O livro dos Salmos é reconhecido como canônico por todas as igrejas que professam o cristianismo, além de ser um livro poético. Este possui grande importância para a religiosidade e espiritualidade cristãs, a poesia salmi?tica compreende o falar de Deus através da poesia para aquele que a lê e o experiencia. Contudo, a poesia na?o cessou apo?s o falar dos salmistas, seguiu pela igreja primitiva e ate? hoje manifesta a voz do Poeta, Deus. Desta forma, o objetivo deste trabalho é apresentar a poesia apócrifa que segue sendo escrita, recitada e experienciada no mundo, mais precisamente, através da escritora mineira Adélia Prado. Adélia tem a fé como um fator importante na sua obra e em sua vida, para ela a experiência religiosa e a experiência poética procedem de uma mesma fonte. A poeta que não deseja fazer o pão de Deus, que fica feia quando ele lhe tira a poesia, que chora até entender qual é o seu ex-voto e que exclama que a poesia a salvará, nos ensina acerca da experiência poética e de como a poesia pode ser uma condutora da fé.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica