Já faz um tempo que me raparei que em diversas gravuras católicas dos dois caminhos as bem-aventuranças ocupam um lugar de destaque para conduzir o discernimento e a devoção. Recentemente vi em Portugal na cidade de Coimbra no pátio interior do mosteiro de Santa Clara uma instalação de uma série de azulejos também retratando as bem-aventuranças. Quando li o tema do CONACIR desse ano, “Religião, busca pela paz e Direitos Humanos” pensei que seria interessante investigar se o uso de destaque das bem-aventuranças em gravuras, litografias e instalações em pátios interiores de monastérios nos dá algumas pistas iconográficas e iconológicas em especial, para a “busca pela paz”. Quanto ao monastério de Santa Clara pode se além disso ainda afirmar em relação ao contexto de que se trata nesse lugar do único programa iconográfico. Proponho de interpretar os aspectos iconográficos dos dez azulejos do século 18 no monastério de Santa Clara em Coimbra. sob a consideração adicional que a composição de cada bem-aventurança segue a estrutura de um emblema (com suas respetivas implicações para seu “uso”). Como método proponho aplicar o método iconológico de Erwin Panofsky. Quero entender se a linguagem iconográfica foca na vida interna do monastério ou eventualmente também demonstra aspectos que podem ser hoje traduzidos como orientações para a promoção de uma cultura da paz no espaço público.
Comissão Organizadora
V CONACIR - 2021
Felipe de Queiroz Souto
Ernani Francisco dos Santos Neto
Rúbia Campos Guimarães Cruz
Giovanna Sarto
Danilo Mendes
André Yuri Gomes Abijaudi
Maria Angélica F. J. Martins
Comissão Científica