Impactos da manutenção dos limites de ativos garantidores de (res)seguradoras pela Resolução CMN nº 4.993/2022

  • Autor
  • Júlia Sousa Silva
  • Co-autores
  • João Vinícius de França Carvalho , Leonardo Cardoso , Alexandre Teixeira Damasceno
  • Resumo
  • A Resolução CMN nº4.993/2022 regula a alocação de ativos garantidores das seguradoras brasileiras, visando estabilidade e liquidez no setor. No entanto, a redução das taxas de juros no Brasil e a volatilidade econômica levantam dúvidas sobre a capacidade da norma em promover portfólios eficientes e diversificados. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia dessa regulação, utilizando alocações simuladas de instrumentos financeiros baseadas no modelo de otimização mean-CVaR em cenários com imposições regulatórias e irrestritos de modo contrafactuais, durante períodos de recessão e expansão econômica. Ademais, analisam-se os impactos da flexibilização normativa com a inclusão de ativos alternativos, como criptomoedas e fundos sustentáveis. Os resultados indicam que o modelo regulatório atual assegura a solvência financeira dos portfólios das seguradoras, mas restringe a diversificação em cenários de juros baixos, limitando o potencial de retorno ajustado ao risco em um contexto de significativa redução da taxa Selic, de 14,25% para 2% a.a. em cinco anos. Embora maior permissibilidade em renda fixa ofereça segurança, oportunidades econômicas são subaproveitadas. A inclusão moderada de até 5% em ativos alternativos ampliou as fronteiras eficientes, equilibrando risco e retorno sem comprometer a solvência. O estudo reforça a necessidade de revisões periódicas das normas para alinhá-las às condições econômicas e às demandas de mercado, recomendando ajustes conservadores que aumentem a flexibilidade na alocação de ativos, desde que acompanhados por mecanismos de monitoramento prudenciais. Como perspectivas futuras, sugere-se aprofundar modelos de análise multivariada para desenvolver estratégias dinâmicas e sustentáveis que fortaleçam a resiliência do setor segurador no longo prazo.

  • Palavras-chave
  • gestão de ativos, impactos regulatórios, diversificação de portfólio, modelos de otimização, Conditional Value at Risk
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Finanças Corporativas e Bancárias
Voltar Download

O XXV Encontro Brasileiro de Finanças (EBFin), realizado pela Sociedade Brasileira de Finanças (SBFin), reuniu pesquisadores, acadêmicos e profissionais do mercado para discutir os mais recentes avanços e aplicações da área de Finanças. O evento, que contou com a participação de renomados palestrantes nacionais e internacionais, apresentou pesquisas de alta qualidade avaliadas por um Comitê Científico composto por especialistas de diversas instituições do Brasil e do exterior.

Nesta edição, foram submetidos 216 artigos, dos quais 113 foram aceitos, resultando em uma taxa de aceitação de 54%. As pesquisas contemplaram as principais áreas temáticas de Finanças, incluindo Apreçamento de Ativos, Finanças Corporativas e Bancárias, Econometria Financeira, Engenharia Financeira e Macrofinanças.

Os anais do XXV EBFin reúnem todos os trabalhos apresentados no evento, reafirmando o compromisso da SBFin com a promoção da excelência acadêmica, a disseminação do conhecimento e o fortalecimento da comunidade científica na área de Finanças no Brasil.

  • Apreçamento de Ativos
  • Finanças Corporativas e Bancárias
  • Econometria Financeira
  • Engenharia Financeira
  • Macrofinanças

A Comissão Científica do XXV Encontro Brasileiro de Finanças (EBFin) desempenhou papel fundamental na garantia da qualidade e do rigor acadêmico dos trabalhos apresentados. Composta por pesquisadores de excelência, vinculados a instituições de ensino e pesquisa no Brasil e no exterior, esta comissão foi responsável pela avaliação criteriosa dos artigos submetidos, assegurando que apenas estudos com mérito científico e relevância para a área de Finanças fossem incluídos na programação do evento.

O trabalho da Comissão Científica refletiu-se na elevada qualidade dos debates e na diversidade temática das pesquisas apresentadas, contribuindo para o fortalecimento da produção acadêmica nacional e para a troca de experiências com a comunidade internacional.

A programação também contou com a Sessão de E-poster, coordenada pela Professora Carolina Magda da Silva Roma (FURG), que proporcionou um espaço dinâmico para a apresentação e discussão de pesquisas de forma interativa e visual.

 

Comitê Científico – Avaliadores do XXV EBFin
 

A SBFin agradece aos pesquisadores que compuseram o Comitê Científico e atuaram como avaliadores:

  • Bernardo Ricca – Insper

  • Bruno Cara Giovannetti – FGV EESP

  • Caio Almeida – Princeton University

  • Cristina Scherrer – London School of Economics

  • Danilo Cascaldi-Garcia – Federal Reserve

  • Dejanir Henrique Silva – Purdue University

  • Eduardo Horta – UFRGS

  • Emerson Marçal – FGV EESP

  • Felipe Iachan – FGV EPGE

  • Fernando Daniel Chague – FGV EESP

  • Flavio Augusto Ziegelmann – UFRGS

  • Gustavo Freire – Erasmus University Rotterdam

  • Gustavo Fruet Dias – University of East Anglia

  • Julia Fonseca – University of Illinois at Urbana-Champaign

  • Jéfferson Augusto Colombo – FGV EESP

  • Klenio Barbosa – SKEMA Business School

  • Marcelo Fernandes – FGV EESP

  • Márcio Poletti Laurini – FEA-RP/USP

  • Paulo Rogério Faustino de Matos – UFC

  • Pedro Saffi – University of Cambridge

  • Rafael Schiozer – FGV EAESP

  • Raquel de Freitas Oliveira – Banco Central do Brasil & FECAP

  • Rodrigo De Losso da Silveira Bueno – FEA USP

  • Rodrigo de Oliveira Leite – COPPEAD UFRJ

  • Vinicius Augusto Brunassi Silva – FECAP

  • Wilson Toshiro Nakamura – Mackenzie

  • Yuri Fahham Saporito – FGV EMAp

 

Comissão Organizadora:

  • Anderson Odias da Silva

  • Marcelo Fernandes

  • Yuri F. Saporito

  • Felipe Saraiva Iachan