Isoenzimas são formas variantes de uma mesma atividade enzimática que apresentam diferentes distribuições teciduais. Quando há dano celular, o conteúdo intracelular pode vazar para a corrente sanguínea, tornando-se um potencial marcador bioquímico. Espera-se que estudantes de graduação das ciências da saúde sejam capazes de interpretar achados laboratoriais relacionados aos níveis séricos desses marcadores bioquímicos e compreender sua relevância para o diagnóstico, prognóstico e tratamento. Este estudo teve como objetivo desenvolver uma aula prática de eletroforese que desafiasse os estudantes a discutir a abordagem experimental e interpretar os resultados obtidos da separação eletroforética das isoenzimas da Creatina Quinase (CK). Misturas de corantes foram utilizadas para simular a composição sérica das isoenzimas da CK em diferentes condições clínicas, e as bandas resultantes foram quantificadas por densitometria. Dois questionários online avaliaram o progresso de aprendizagem e a aceitação da atividade pelos estudantes. Participaram da aula de 120 minutos, realizada na Universidade Federal Fluminense (Brasil), alunos de graduação em Biomedicina (n=10) e Medicina (n=42). O teste pós-aula mostrou um aumento de 21,9% nas respostas corretas em comparação com o teste pré-aula. Na avaliação, os estudantes atribuíram notas positivas à atividade, relatando melhor compreensão dos conceitos teóricos, reconhecimento da importância da bioquímica básica para suas futuras carreiras e entendimento sobre a avaliação eletroforética das isoenzimas da CK. A aula pratica pode ser usada na divulgação científica do tema na forma de oficinas.