A IMAGEM EM MOVIMENTO: PRODUÇÃO DE VÍDEOS COMO ESTRATÉGIA DE RECRIAÇÃO, RECAPITULAÇÃO E PROPAGANDA DE ATIVIDADES DE CULTURA OCEÂNICA

  • Autor
  • Bernardo Decat Weinschutz
  • Co-autores
  • Antônio da Costa Pedrosa Martins , Edson Pereira da Silva
  • Resumo
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    RELATO DE PESQUISA

    Financiamento e apoio: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

     

    A IMAGEM EM MOVIMENTO: PRODUÇÃO DE VÍDEOS COMO ESTRATÉGIA DE RECRIAÇÃO, RECAPITULAÇÃO E PROPAGANDA DE ATIVIDADES DE CULTURA OCEÂNICA

     

    Palavras-chave: Recursos Audiovisuais, Cultura Oceânica, Intertextualidade

     

    Bernardo Decat Weinschutz, Licenciando, UFF

    email: bernardodecat@id.uff.br

    Antônio da Costa Pedrosa Martins, Licenciando, UFF

    email: antoniomartins@id.uff.br

    Edson Pereira da Silva, Doutor, UFF

    email: edsonpereirasilva@id.uff.br

    Laboratório de Genética Marinha e Evolução, Universidade Federal Fluminense (LGME-UFF)

     

    O filme tem servido como elemento educativo e motivador da curiosidade de alunos (King, 1999), gravações de aulas para seleção de episódios de ensino (Carvalho, 1996) e, mais recentemente, é a discussão de aspectos estético-pedagógicos que tem ganhado terreno na análise de materiais educativos para uso nas salas de aula (Rezende & Struchiner, 2009). Um campo de pesquisa e intervenção social que pode se beneficiar da utilização da imagem em movimento é a Cultura Oceânica (em inglês, ocean literacy) (Silva et al., 2024), um movimento iniciado em 2002 nos Estados Unidos que começou com a preocupação de pesquisadores de ciências do mar e professores sobre quais conteúdos deveriam integrar o currículo escolar para que as pessoas pudessem agir de maneira informada e responsável sobre o uso do oceano e seus recursos (Pazoto et al., 2023). Neste trabalho é apresentada a experiência de produção, exibição e divulgação de um vídeo relacionado a atividades de Cultura Oceânica promovidas em uma escola pública do estado do Rio de Janeiro.

    A metodologia aplicada na produção incluiu uma primeira seleção das imagens/vídeos produzidas durante as atividades, discussão no grupo de pesquisa desse material, a montagem, a composição e arranjo da trilha sonora original e finalização. Para criação dos vídeos foram usados os softwares GIMP (edição das imagens), Inkscape (criação e manipulação de imagens vetoriais) e Kdenlive (edição e montagem final). Para produção da trilha sonora foram utilizados o software Logic Pro X (gravação, edição de áudio e mixagem) e a database Apple Loops Utility (samples percussivos e timbres).

    Até o momento foi produzido o vídeo “Lixo Zero nas Lagoas” (3’30’’) que mostra a visita de alunos de Ensino Fundamental II às Lagoas de Maricá, Itaipu e Rodrigo de Freitas. O vídeo foi editado visando atribuir movimento e dinamismo ao material produzido durante as saídas de campo (composto majoritariamente por imagens estáticas). A trilha sonora foi criada visando produzir músicas simples, cíclicas e objetivas que apelassem ao público infantil e adulto igualmente e, ao mesmo tempo, evitando a repetitividade. O vídeo foi postado no site do projeto Onda Cultural (https://ondaculturalnaescola.com.br/) na internet. Foram editados ainda 3 “cortes” (trechos menores em orientação vertical para postagem nas redes sociais do projeto).

    A produção e exibição do vídeo em Cultura Oceânica foi feita com objetivo triplo. Primeiramente a “recriação” da experiência vivida pelos alunos em imagem em movimento como modo de marcar, sublinhar, ressaltar e enquadrar realidade concreta dando a ela novas perspectivas. O segundo aspecto foi a recapitulação, processo no qual os alunos podem reexaminar as suas experiências de modo a promover o comentário avaliativo e crítico. Por fim, a propaganda que teve o objetivo de mobilizar emoções provocando ação, seja dos alunos seja da assistência que não viveu a experiência.

    O vídeo produzido enquadrou a atividade realizada em um formato dinâmico e criativo, com uma identidade visual e sonora única e consistente ao projeto. No futuro, mais vídeos serão produzidos, buscando apresentar outras atividades e abordar diferentes temas relacionados à Cultura Oceânica, destacando a natureza investigativa deste projeto que, em cada produção, pretende usar a experiência adquirida para o desenvolvimento e aprimoramento dos próximos vídeos.

     

    AGRADECIMENTOS

    Este trabalho contou com recursos da FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), projeto “Cultura Oceânica para Zerar o Lixo: Das Salas de Aulas para Ação Cotidiana” (Edital FAPERJ Nº 19/2023 PROGRAMA “Educação Ambiental: Capacitação e Ações de Lixo Zero em Lagoas, Manguezais e na Região Costeira– 2023”).

     

    REFERÊNCIAS

    Carvalho, AMP. 1996. O uso de vídeos na tomada de dados: pesquisando o desenvolvimento do ensino na sala de aula. Pro-posições 7(1):5-13.

    King, KP. 1999. The Motion Picture in Science Education: ‘‘One Hundred Percent Efficiency’’. Journal of Science Education and Technology 8(3):211-226.

    Pazoto, C.E.; Duarte, M.R.; Silva, E.P. 2023. Ocean literacy in Brazilian formal education: A tool for participative coastal management. Australian Journal of Environmental Education 39(4):507-521.

    Rezende, LA & Struchiner, M. 2009. Uma Proposta Pedagógica para Produção e Utilização de Materiais Audiovisuais no Ensino de Ciências: análise de um vídeo sobre entomologia. Alexandria 2(1):45-66.

    Silva, E.P.; Nicola, L.M.; Pazoto, C.E.; Vianna, V.H.C. & Duarte, M.R. 2024. Cultura oceânica e cinema: UMA BAÍA de Murilo Salles. Revista Marx e o Marxismo 12(23):167-175.

  • Palavras-chave
  • Recursos Audiovisuais, Cultura Oceânica, Intertextualidade
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  • Divulgação científica
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