INTRODUÇÃO
Os microfósseis são ferramentas essenciais para as Geociências, porém sua natureza microscópica os torna desconhecidos do grande público, contribuindo para uma lacuna na alfabetização científica sobre temas geológicos (SCHNEIDER, 2011). Essa barreira de invisibilidade é amplificada no ambiente digital, onde conteúdos de Geociências competem por atenção. Diante deste cenário, o presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposta metodológica do projeto de extensão "Microfósseis: o que são e para que servem?", desenhado para integrar ações presenciais e digitais na tradução deste conhecimento para a sociedade.
METODOLOGIA
A metodologia proposta é de natureza híbrida, articulando a experiência sensorial com o alcance das redes sociais. O primeiro eixo consiste em oficinas presenciais interativas, planejadas com base em princípios da aprendizagem ativa (ZABALA, 1998). Nestas oficinas, destinadas a estudantes e ao público geral, os participantes poderão manusear amostras, preparar lâminas e observar microfósseis ao microscópio. O segundo eixo é uma estratégia de comunicação digital, focada em plataformas como Instagram e TikTok. Serão produzidos conteúdos em formatos de "pílulas de conhecimento", como vídeos curtos (Reels) mostrando o "momento da descoberta" no microscópio, infográficos sobre a aplicação dos microfósseis e sessões de perguntas e respostas para desmistificar o tema, buscando ampliar o engajamento para além do espaço físico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Espera-se que a abordagem prática das oficinas gere um impacto significativo na percepção dos participantes, transformando um conceito abstrato em uma experiência concreta e mensurável através de questionários pré- e pós-atividade. No âmbito digital, projeta-se alcançar um público mais amplo e diverso, construindo uma comunidade online em torno do tema e criando um repositório de conteúdo acessível e duradouro. A sinergia entre as ações presenciais e digitais visa potencializar o impacto do projeto, criando um modelo de divulgação científica que seja ao mesmo tempo profundo e de longo alcance, contribuindo para a valorização do patrimônio geológico (MASSARANI; MOREIRA, 2016).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto foi concebido para enfrentar o desafio da invisibilidade dos microfósseis por meio de uma abordagem dupla e contemporânea. A combinação da experiência tátil e visual do microscópio com a dinâmica das redes sociais representa uma estratégia promissora para despertar a curiosidade, promover a alfabetização científica e conectar as Geociências a novos públicos. A iniciativa, portanto, posiciona-se como um campo fértil para a prática da extensão universitária, reafirmando seu papel como ponte essencial entre o conhecimento acadêmico e as demandas da sociedade do século XXI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MASSARANI, L.; MOREIRA, I. C. Divulgação científica e educação não formal: um diálogo necessário. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 209-227, mai. 2016.
SCHNEIDER, R. L. Geologia para quem precisa: a importância da divulgação das geociências. Terrae Didatica, Campinas, v. 7, n. 1, p. 48-51, 2011.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.