O presente artigo visa analisar a interpretação do sofrimento no trabalho, por empregados que atuam no nível técnico-operacional de grandes indústrias instaladas no sul fluminense, no que tange aos impactos psíquicos e psicossociais, causados pelo impedimento do poder de agir e pela impossibilidade de se criar um coletivo de trabalho, sobre os sujeitos da pesquisa. Nesta pesquisa, os sofrimentos psíquicos e psicossociais estão analisados sobre as vertentes das clínicas do trabalho. O objetivo das clínicas do trabalho é a confluência entre o universo psíquico e o social, estabelecendo uma proposta de liberalização e ampliação da capacidade de agir dos trabalhadores, objetivando a minimização do sofrimento no trabalho (Bendassolli e Soboll, 2011). No entendimento dos entrevistados, por meio dos fragmentos discursivos, entende-se que os sujeitos da pesquisa reconhecem a existência do sofrimento no trabalho pela incapacidade de interferir com a sua inteligência e criatividade sobre o trabalho prescrito e pela impossibilidade de se estruturar como coletivo de trabalho.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)