O capital cultural passou a representar um fator de destaque na determinação da classe social e do comportamento de consumo, porém, esta dimensão tem sido negligenciada pelas diversas metodologias de classificação social, as quais priorizam o capital econômico. Assim sendo, este trabalho objetivou analisar uma metodologia de avaliação do capital cultural da sociedade brasileira. Esta pesquisa quantitativa e descritiva foi realizada via entrevistas individuais com respondentes das cidades de Belo Horizonte, Florestal e Bom Despacho e, para a análise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva. Os resultados indicam maior importância das variáveis “influência dos pais”, “nível de escolaridade” e a “leitura de livros” para a diferenciação de capital cultural. Por outro lado, as variáveis “estilo de filme”, “gosto por gastronomia”, “nível/renome da faculdade/universidade” e “viajar por conta própria ou de excursão/pacote” não foram respaldadas como diferenciadoras consideráveis de capital cultural. Por fim, o trabalho analisa, em termos gerais e por diferentes categorias, os itens que podem ser úteis a uma avaliação do nível de capital cultural, e espera-se que ele possa fomentar um debate em torno deste grande desafio.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)