A literatura acadêmica indica que o desempenho está relacionado com a capacidade de uma empresa ser ambidestra, o que significa que uma empresa explora seus conhecimentos, capacidades e recursos internos existentes para se tornar mais eficiente, garantindo assim sua sobrevivência em curto prazo, ao mesmo tempo em que explora novos conhecimentos, recursos, mercados, inovações, capacidades com o objetivo de adaptar a empresa às mudanças que vêm do meio ambiente, garantindo assim a sua sobrevivência em longo prazo. Além da complexidade e do dinamismo inerentes ao setor de saúde, os hospitais enfrentam a Pandemia da COVID-19, que é um enorme desafio estrutural e estratégico que até agora vem obrigando os hospitais a adaptarem suas rotinas operacionais, bem como estratégicas de curto e longo prazo. Diante deste contexto, o estudo tem como objetivo investigar a influência da ambidestria organizacional no desempenho de hospitais privados que possuem Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), quando moderados pela turbulência de mercado, antes e durante a Pandemia de COVID-19. A pesquisa se enquadra como quantitativa, descritiva e explicativa em sua abordagem. O estudo atingiu uma amostra total de 85 instituições, nas quais os dados descritivos foram analisados ??por meio do IBM SPSS, e o procedimento Partial Least Square (PLS) foi aplicado para verificar se as hipóteses eram sustentadas. Os resultados mostraram que um ano antes da Pandemia, o desempenho dos hospitais foi influenciado pelas estratégias de exploitation e de exploration, no entanto, durante a Pandemia, os hospitais mudaram a sua abordagem se direcionando para um enfoque de exploration. Assim como outros estudos da área, o constructo da ambidestria afetou o desempenho dos hospitais em 2019 e 2020.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)