A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE BELO HORIZONTE: MARGINALIZAÇÃO E PERIFERIZAÇÃO DE RIOS E SUJEITOS

  • Autor
  • Eduarda Carolina Moraes de Assis
  • Co-autores
  • Míriam de Castro Possas
  • Resumo
  •  

    Belo Horizonte inicia de forma planejada, sob forte influência estatal e com perspectiva urbanística modernizadora, pautada em ideais sanitaristas, de livre movimentação dos indivíduos e com uma estrutura altamente organizada. No entanto, os anseios de uma elite pautados no progresso e no desenvolvimento trazem consequências e graves problemas urbanos como as inundações. Desse modo, o objetivo geral desse trabalho é discutir sobre o processo de marginalização e periferização de rios e sujeitos a partir de uma política pública de saneamento e de recursos hídricos pautada na gentrificação e no viés higienista. Para isso, analisamos a formação do espaço urbano de Belo Horizonte; discorremos sobre a gestão pública e políticas públicas no que tange à gestão dos recursos hídricos; e discutimos sobre a vulnerabilidade causada pela gestão de recursos hídricos na cidade. Como consequência desse fenômeno, há uma elevação do valor da terra e o deslocamento compulsório das populações mais pobres, onde mais uma vez, as pessoas menos abastadas são lançadas às margens. Dessa maneira, é impossível falar de desenvolvimento das periferias sem citar o que a gentrificação representa para as populações que ocupam essas áreas, entretanto, vale ressaltar que a crítica não envolve o oferecimento de serviços e infraestrutura, mas sim transformar o direito à moradia em mercadoria à mercê da lógica produtivista e das oscilações mercadológicas.

  • Palavras-chave
  • Políticas públicas, Espaço urbano, Recursos hídricos, Belo Horizonte
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Administração pública, governo e terceiro setor
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Comissão Científica

Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)

Maria Carolina Conejero (FEI)