O empreendedorismo feminino é uma alternativa para a emancipação e redução da desigualdade de gêneros no país. Diante desse cenário, tornam-se necessários estudos no campo da administração que aprofundem a compreensão sobre o comportamento da mulher empreendedora. Assim, o artigo tem como objetivo geral caracterizar os significados, motivações e desafios das empreendedoras ao iniciar e manter um negócio. Além disso, procurou-se observar a possíveis influências da pandemia do COVID-19. O presente artigo consolida as informações de um projeto de pesquisa intitulado “Mulheres Empreendedoras”, no qual foram realizadas entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado em momentos distintos. No que tange aos resultados, observou-se que questões familiares, dificuldades financeiras, a busca pela autorrealização e perspectivas de oportunidade se destacaram enquanto propulsores da criação de novos empreendimentos. Ao longo de suas jornadas, as empreendedoras entrevistadas ressaltaram a dificuldade em separar o pessoal do profissional, a necessidade de enfrentar o machismo e preconceito em suas rotinas, e a sobrecarga de acumular funções no trabalho e em suas casas. Com a pandemia, a importância de reinventar o negócio cresceu significativamente, diante dos problemas que surgiram sem o devido planejamento, como dificuldades financeiras e perda de clientela, tornando necessário o apoio de terceiros para manter o negócio em funcionamento.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)