Os criptoativos surgem trazendo não só um novo mercado com produtos diferenciados, mas tecnologias disruptivas e uma nova maneira de se pensar em processos, segurança de rede, transações, automações e todas as facilidades que a blockchain pode implementar. Um dos principais puzzles financeiros da atualidade é entender como esses ativos podem ser precificados e modelar sua avaliação. Este estudo busca desenvolver uma investigação bibliográfica dos principais modelos de apreçamento de criptoativos existentes, desenvolvendo uma minuciosa avaliação de tais metodologias. Foram identificadas cinco principais tipologias: modelos econômicos e baseados em equilíbrio; modelos baseados em fluxo de caixa descontado (DCF); modelos baseados em custo de operação; modelos baseados na lei de redes de Metcalfe; e outros modelos (baseados em índices e de redes sociais). Foi observado que os modelos de avaliação variam muito em relação aos diferentes tipos de criptoativos, onde cada abordagem assume uma posição única sobre um tipo específico de ativo. A maior parte dos modelos possuem premissas subjetivas, com dificuldade de encontrar dados de input e fontes atuais para gerar os modelos de maneira fidedigna. A adoção de modelos mistos envolvendo custos operacionais com modelos de rede pode ser uma solução promissora e simplificada assim como modelos envolvendo custos operacionais e DCF. É importante apontar que os métodos complementares como os índices S2F, NVP e abordagens que envolvem mídias sociais tem caminhado para auxiliar de forma positiva na identificação de bolhas e oportunidades de negócios.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)