A presença de estresse ocupacional em professores tem despertado interesse no meio acadêmico por ser considerada importante indicador da qualidade de vida desses profissionais. Entretanto, ainda se impõe a necessidade de aprofundar o conhecimento acumulado pela pesquisa quanto à percepção de professores universitários sobre sintomas e eventos desencadeadores de estresse laboral. Nesse sentido, este estudo teve o objetivo de investigar o processo de vivência do estresse no exercício da docência no Câmpus Medianeira da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR. É um estudo sobre a percepção dos professores e identificação dos principais eventos estressores ocupacionais. A amostra foi composta por 90 professores da UTFPR. A pesquisa de campo consistiu um estudo de natureza descritivo-exploratória, cujos dados analíticos foram coletados com a aplicação de um questionário eletrônico. O material coletado foi analisado e a análise permitiu o alcance de maior compreensão sobre os desafios inerentes ao trabalho de docentes universitários diante da vulnerabilidade ao estresse, percepção de sintomas e eventos estressores, características pessoais contributivas para aumento do estresse e indicadores de conciliação da vida pessoal e atividade laboral. Os resultados apontam que a autoavaliação sobre o estresse ocupacional é influenciada pela característica gênero, sendo que os professores se mostram mais vulneráveis ao estresse ocupacional na comparação com as professoras, as quais se autoavaliam e se autodeclaram, com maior frequência, como pessoa “estressada”.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)