AS CONSEQUÊNCIAS DA JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL

  • Autor
  • Kleyse Moscardini Xavier
  • Co-autores
  • Ronaldo Serpa da Silva Junior , Chaiene Junia Martins de Sousa , Míriam de Castro Possas
  • Resumo
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    Estudos mostram que ações judiciais envolvendo medicamentos são crescentes no Brasil, desde 1990, aumentando significativamente ano a ano, tendo acelerado a partir do início dos anos 2000 e não demonstrando tendência de desaquecimento. Assim, o objetivo desse artigo é compreender e discutir esse fenômeno presente e crescente no Brasil que é a judicialização da saúde e suas consequências. Para isso, foi feito um levantamento bibliográfico e uma discussão teórica que mostrou que a judicialização da saúde pode trazer prejuízos a execução de Políticas de Saúde no âmbito do SUS, pois o cumprimento das crescentes ações judiciais para fornecimento de medicamentos acarreta gastos elevados e não programados para o Estado. Além disso, o uso da judicialização para o recebimento de medicamentos pode acarretar prejuízos à equidade e universalidade na saúde, pois estudos demonstraram que a maior parte dos processos requerendo medicamentos foram realizados por pacientes atendidos em sistema privado e representados por advogados particulares, demonstrando um alto perfil socioeconômico. Assim o acesso a medicamentos pela via judicial privilegia uma minoria que tem acesso ao judiciário.

     

  • Palavras-chave
  • Judicialização da Saúde., SUS, Brasil.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Administração pública, governo e terceiro setor
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Comissão Científica

Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)

Maria Carolina Conejero (FEI)