O objetivo central deste estudo consiste em verificar a ativação das heurísticas de ancoragem, disponibilidade e representatividade no processo decisório de pequenos investidores, bem como analisar os impactos individuais desses processos cognitivos. Sabe-se que as heurísticas podem induzir a processos de tomada de decisão pautados em vieses preestabelecidos, inconscientes, e sujeitos ao erro, por não utilizarem a lógica e a racionalidade como fundamento na tomada de decisões. Para tanto, utilizou-se como referencial teórico os itens Moderna Teoria das Finanças, Finanças Comportamentais e Heurísticas. A pesquisa, de natureza quantitativa, foi realizada a partir de um levantamento de dados com 158 respondentes. Como técnicas estatísticas, foram realizadas análises descritivas e análise de cluster. Através da análise dos resultados da pesquisa, foi encontrada uma relação negativa entre conhecimento financeiro e a ativação das heurísticas. Adicionalmente, foi identificado a influência da propensão ao risco na ativação desses processos cognitivos, que, possuindo uma relação bicaudal, foi detectado um nível de ativação maior das heurísticas nos níveis mais baixos e mais altos de propensão ao risco, e ativação menor nos perfis de risco medianos. Por conseguinte, como contribuição teórica, foi possível analisar as heurísticas estudadas junto aos pequenos investidores, bem como demonstrar os fatores cognitivos que mais afetaram em seu processo decisório e alocar os entrevistados em grupos de acordo com suas semelhanças estatísticas.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)