As práticas de governança eletrônica adotadas pela administração pública envolvem as possibilidades do Estado de viabilizar o acesso às informações públicas, o fornecimento de serviços e, até mesmo democratizar a participação dos cidadãos. Entretanto, ainda há diversos limites que comprometem a efetividade dessas práticas. Apesar de diversos autores desenvolverem estudos sobre as práticas de governança no setor público, pouco se sabe acerca de quais são os limites e as possibilidades dessas prática, de forma sistemática. Assim, esta pesquisa busca responder a seguinte questão: Quais são os limites e possibilidades da governança eletrônica pública nos âmbitos federal, estadual e municipal? A metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura. Percebeu-se que a dimensão referente à participação cidadã foi a que apresentou um maior número de possibilidades, seguida pelas dimensões de conteúdo; serviços; acessibilidade e usabilidade; e privacidade e segurança, respectivamente. A exclusão digital, o excesso de burocracia, a falta de incentivo à participação da sociedade e a cultura de não participação foram os principais limites encontrados nesta pesquisa. Concluímos que há necessidade de melhorar a atuação governamental em todas as esferas estudadas, para que as práticas de governança eletrônica pública obtenham o êxito para o qual foram criadas.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)