Adaptar-se ao ambiente VUCA requer que a empresa explore novos domínios produto-mercado enquanto otimiza o uso do conhecimento de que dispõe. A competição nos seus mercados atuais por meio de melhorias incrementais para a otimização da eficiência é referida como explotação. A capacidade para competir em novos mercados pela adoção de estratégias, processos e inovações disruptivos é referida como exploração. Estas abordagens estratégicas têm sido referidas como ambidestria gerencial. Estudos empíricos sofisticados têm propiciado progresso na compreensão, mas há apenas uma limitada compreensão sobre a ambidestria no nível gerencial e seus antecedentes ainda permanecem como um gap crítico na literatura. Como o processo de escolha e decisão estratégica dos gestores pode ser conectado às características individuais ligadas aos processos de percepção, processamento e uso das informações, endereçar a questão da ambidestria gerencial por meio dos modelos mentais (MM) mostrou-se uma via promissora para explicar os antecedentes da ambidestria no nível gerencial e as diferentes escolhas e decisões em um mesmo ambiente de negócios. Este trabalho analisa a ambidestria sob a ótica dos MM – operacional (MMO) e estratégico (MME), apresenta dados obtidos em um levantamento com 197 profissionais participantes de programas MBA em Administração sendo 101 do sexo feminino (51,3%) e 96 do sexo masculino (48,7%) e conclui que o MME é o mais propício para lidar com a ambidestria. Estes dados indicam a relevância do trabalho para esta área de estudo; ele apresenta uma metodologia para obtenção de indicadores sobre os modelos mentais e a ambidestria gerencial com vistas à identificação da predisposição e motivação pessoais para a apresentação de um comportamento gerencial propício para lidar com a orquestração das demandas da ambidestria organizacional.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)