O objetivo deste artigo é verificar se eventos que contribuem para um ambiente de incerteza, como é o caso da pandemia do covid-19, faria com que empresários mudassem seus “estilos de liderança”, como estratégia para manter a competitividade de suas organizações. O foco de estudo escolhido foi a adoção do home office como novo modelo de trabalho, um exemplo prático de mudança contingencial. Uma vez que, o ponto de partida da pesquisa foi uma questão empírica, buscamos também no empirismo uma base para a resposta. Realizou-se então, uma pesquisa exploratória em uma empresa do setor de serviços portuários (G. Pierotti), que apresenta as condições necessárias para a realização do estudo (atividade em escritório e fora dele). O resultado da pesquisa demonstrou que é possível verificar uma mudança nos aspectos instrumentais no estilo de liderança, como, no caso, a mudança nas ferramentas de controle. Contudo, não é possível afirmar que são suficientes para interferir na competitividade da empresa. O estudo sugere que o estilo de liderança faz parte de um contexto mais amplo: a cultura da empresa, que merece ser mais profundamente pesquisado sob a luz da estratégia empresarial.
Comissão Científica
Manolita Correia Lima (ESPM)
Marcelo Rocha e Silva Zorovich (ESPM)
Fabiano Rodrigues (ESPM)
Maria Carolina Conejero (FEI)