Podemos dizer que o desenvolvimento do jornalismo é o fenômeno social precursor do aparecimento das mídias, sendo o jornal considerado o primeiro meio de comunicação de massa disseminado na comunicação global. A problematização da comunicação jornalística, a partir da diversidade linguística, retórica e argumentativa do Português brasileiro, se alinha a temática do presente evento. O objeto em observação é o Preconceito Linguístico e suas manifestações na mídia jornalística. O objetivo da presente comunicação é dialogar sobre o Preconceito Linguístico, do ponto de vista da construção de argumentos, conhecimentos e informações, que circulam na imprensa falada e escrita. Outro objetivo é problematizar o silenciamento da mídia, quando acontecem casos de preconceito linguístico. A argumentação é uma prática das ciências, mas também é uma forma de comunicação social. O domínio da Língua Portuguesa, por exemplo, nos mostra que os argumentos já nos chegam com ideias e expressões que trazem consigo o preconceito. Na leitura e diálogo com os textos sobre o assunto, vemos também que a hibridização entre o discurso científico e a cultura popular agrava algumas situações de preconceito linguístico. Utilizo como metodologia uma revisão bibliográfica de autores que produzem sobre o tema, para analisar a questão de que os jornalistas e comunicadores utilizam o preconceito linguístico para construir argumentos e criar pautas “sensacionalistas”, no lugar de mostrar o problema de modo ético. Falando sobre as mídias, Pierre Bourdieu afirmou que “O que foi criado para ser um instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão simbólica”. Espero, com este trabalho, sensibilizar a academia e a sociedade para a importância das variações linguísticas que existem na nação brasileira. Devemos ter consciência de que o Português necessita de estudo, não de correção. A sociolinguística é um novo fundamento, para os estudos de comunicação e expressão, precisa ser difundido Brasil
O Seminário de Pesquisa do GPARA, em sua 8ª edição destina-se aos professores-pesquisadores e seus orientandos de iniciação científica, mestrado e doutorado. O objetivo do evento é proporcionar aos integrantes dos grupos um espaço privilegiado para discussão de suas pesquisas em andamento, em fase de projeto ou já concluídas realizadas em Letras, Educação, Ciências e Matemática.
Assim, além de divulgar seu trabalho e ampliar redes de contato, os integrantes do grupo podem trocar experiências e construir aprendizados, por meio do questionamento e do livre debate de suas temáticas, problemáticas, abordagens metodológicas, inquietações e/ou propostas teóricas, procedimentos de análise, em que a troca de ideias favoreça o amadurecimento da pesquisa de cada integrante do grupo, bem como perscrutar novas temáticas e possibilidades de parcerias para organização de livros e de números temáticos em periódicos, participação em eventos de extensão, cursos na graduação e na pós-graduação, bancas de defesa de dissertações e teses.
Agradecemos antecipadamente a colaboração de todos/as para a concretização deste Seminário de Pesquisa.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
Eduardo Lopes Piris
Isabel Cristina Michelan de Azevedo
Comissão Científica
Alana Driziê Gonzatti dos Santos (UFRN)
Carla Severiano de Carvalho (UNEB)
Deywid Wagner de Melo (UFAL)
Dorotea Frank Kersch (UNISINOS)
Edilson de Souza Soares (UFS)
Eduardo Lopes Piris (UESC)
Elionai Mendes da Silva (UESC)
Esther López (UNT)
Flávio Passos Santana (UPE)
Francisco Geoci da Silva (UFRN)
João Carlos Caldato Correia (IFRJ)
João Paulo Attiê (UFS)
Joelene Tavares Correia (UESC)
Marcia Regina Curado Pereira Mariano (UFS)
María Elena Molina (UNS)
Matheus Matucelli dos Santos (UFS)
Max Silva da Rocha (UFAL)
Paulo Roberto Gonçalves-Segundo (USP)
Sheyla Fabricia Alves Lima (UESC)
Soade Pereira Jorge Calhau (UESC)
Vanesca Carvalho Leal (UFS)