DESENVOLVIMENTISMO BY NORTH AMÉRICA

  • Autor
  • João Carlos Mazzini Juliano
  • Co-autores
  • Dimas de Oliveira Estevam
  • Resumo
  •  

    O DESENVOLVIMENTISMO NORTE-AMERICANO

     

    João Carlos Mazzini Juliano- juliano1961@gmail.com

    Dimas de Oliveira Estevam- doe@unesc.net

     

     

    Área Temática 9: Economia e Política Internacional

     

     

    RESUMO

     

    Este artigo trata do desenvolvimentismo e a adoção de diretrizes econômicas desenvolvimentistas pela atual administração dos Estados Unidos da América (EUA). Nesse sentido, o objetivo do estudo é analisar a trajetória da participação do Estado na economia norte-americana. Tendo como procedimento metodológico a pesquisa em base bibliográfica sobre o tema, inicialmente, define-se alguns conceitos básicos do desenvolvimentismo e na sequência, baseado em texto de Aloísio Teixeira, se abordou a tese de Barrington Moore, cujo o resultado de três grandes conflitos armados, definiram os rumos do país. A Guerra Civil foi determinante para a imposição de políticas intervencionistas de aproveitamento de recursos naturais, da mão de obra abundante e proteção à indústria nascente, com tarifas as quais proporcionaram uma onda de intenso crescimento econômico, transformando o país no centro cíclico do capitalismo ao final do século XIX. No início do século XX houve continuidade da política intervencionista, possibilitando que o país consolidasse sua superioridade econômica sobre a Inglaterra e outras nações europeias ao final da Primeira Guerra Mundial. Entre 1920 e 1932 há uma fase de liberalismo econômico com a eleição de presidentes do Partido Republicano e sua política isolacionista, no entanto, a participação americana na Segunda Guerra Mundial acelera a recuperação econômica da grande depressão de 1929, gerando aumento expressivo de exportações e gastos do governo que determinaram o pleno emprego resultando, ao final do conflito, uma inequívoca superioridade dos EUA, com força suficiente para impor uma nova ordem mundial baseada no dólar americano lastreado num padrão ouro, câmbio relativamente fixo e em instituições multilaterais (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Organização da Nações Unidas). Durante a década de 70, o colapso da ordem de Bretton Woods, levou os EUA à tentativa bem-sucedida de manter a sua hegemonia ameaçada através da inconversibilidade do moeda, de adoção de altas taxas de juros, liberalização financeira, consequente valorização do dólar e atração de investimentos estrangeiros porém, estas medidas, resultaram no predomínio de investimentos de curto prazo, perda de capacidade tecnológica, deterioração dos investimentos produtivos e hipertrofia dos fluxos financeiros com favorecimento de classes rentistas que, associados ao progresso nas comunicações, aceleraram o processo de globalização, gerando a desindustrialização do país e suas graves consequências sociais, assunto analisado neste estudo.  No item seguinte, se abordou as diretrizes gerais do Plano Biden (Build Back Better plan), as quais sob diversos aspectos, apresentam características do social-desenvolvimentismo. Por fim, conclui-se que no período analisado, houve menor predominância das ideias neoliberais, com os mercados financeiros desregulamentados. Nas demais fases, se impôs forte presença estatal na economia americana. Atualmente a tendência da política econômica do governo estadunidense é abandonar as ideias neoliberais e direcioná-la a pressupostos desenvolvimentistas.

     

    Palavras-chave: Desenvolvimentismo. Estados Unidos. Desindustrialização. Plano Biden.

     

  • Palavras-chave
  • Desenvolvimentismo; Estados Unidos; Desindustrialização; Plano Biden.
  • Área Temática
  • 7. Desenvolvimento Regional e Urbano
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Com satisfação a Comissão Organizadora apresenta ao público os resultados dos debates, dos artigos e resumos apresentados no XV Encontro de Economia Catarinense.

Com o tema geral do Bicentenário da Independência, aproveitando o momento histórico, o XV Encontro de Economia Catarinense se propôs ser um espaço de discussão sobre as transformações socioeconômicas e políticas no âmbito nacional, estadual e regional, no que se refere ao período de independência do Brasil, bem como, de reflexões sobre a atualidade, sobre as descontinuidades ou permanências seculares. Nesta edição a história econômica esteve no centro dos debates. Conforme a leitura de Joseph Schumpeter, a história econômica forma, junto a teoria econômica e a estatística, uma razão da evolução da "análise econômica", ferramenta indispensável para o discernimento da economia.

Tradicionalmente, o encontro busca oportunizar o debate sobre temas relevantes que transpassam os cenários nacional, estadual e regional. As dez áreas temáticas escolhidas para a submissão de trabalhos abriram um leque de assuntos que permitiram, ao passo que extrapolam o tema geral do evento, reunir pesquisadores afins, estimulando e enriquecendo as discussões. Portanto, trata-se de evento que contempla a difusão da produção científica e tecnológica, com substancial adesão das IES catarinenses, mas também de outras instituições envolvidas em pesquisa científica no território estadual.

O Encontro de Economia Catarinense tem desempenhado a função de espaço para exposição e debate de trabalhos acadêmicos, de interesse a pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, que são postos em contato direto com seus pares, etapa fundamental do trabalho científico. Especificamente os alunos de graduação são beneficiados pelo ambiente que estimula a arguição, a mestria e favorece sua erudição. Os estudantes de pós-graduação, por sua vez, complementam sua formação e tem oportunidade da fortalecer sua experencia acadêmica. Os pesquisadores aproveitam, sobretudo, do contrato direto com os pares para aprimoramento de seus resultados de pesquisa. As instituições de ensino e pesquisa, as ICTs e os grupos de pesquisa fortalecem suas redes e divulgam suas atividades e produções. Demais atores da sociedade, como empresas e instituições públicas, além dos educadores, tem acesso a uma ampla produção acadêmica, que desvenda os principais mecanismos de funcionamento da economia no Estado.

O XV Encontro de Economia Catarinense: Bicentenário da Independência, ocorreu entre 09 e 10 de junho de 2022, em Rio do Sul (SC), pelos esforços da Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense – APEC e do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - UNIDAVI, contando com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina – FAPESC.

O evento teve três mesas redondas com discussões sobre os processos socioeconômicos históricos ocorridos após a independência do Brasil e seus impactos nos níveis nacional, estadual e regional. Nossa conferência de abertura foi proferida pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Saraiva, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A cerimônia de abertura e de registro dos 15 anos de existência da APEC encontram-se disponíveis no canal da Associação na plataforma YouTube (https://youtu.be/VsGtl1eKoxo). O debate sobre o estado de Santa Catarina, nessa efeméride, esteve na conferência com o Prof. Dr. Alcides Goularti Filho (UNESC) e Prof. Dr. Itamar Aguiar (UFSC). As palestras sobre abrangência regional foram proferidas pelo Prof. Dr. Dr. Andrei Stock (UNIDAVI) e pela Prof. Dra. Marcia Fuchter (UNIDAVI). Os artigos e resumos selecionados e apresentados nas diversas sessões temáticas integram o corpo destes anais.

As normas e demais condições para submissão dos trabalhos constam no Regulamento do XV Encontro de Economia Catarinense, disponível no site da APEC (apec.pro.br) e na plataforma do evento (https://doity.com.br/xveec/trabalhos#c).

  • 1. Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental
  • 2. Gestão e economia do setor público
  • 3. Demografia, espaço e mercado de trabalho
  • 4. História Econômica e Social
  • 5. Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação
  • 6. Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas
  • 7. Desenvolvimento Regional e Urbano
  • 8. Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar
  • 9. Economia e Política Internacional
  • 10. Temas especiais

Realização

Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense - APEC

Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - UNIDAVI

 

Apoio

Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina - FAPESC

 

Comissão Organizadora

Rossandra Maciel de Bitencourt

Fabio Farias de Moraes

Liara Darabas Ronçani

Tatiane Aparecida Viega Vargas

Daniel Rodrigo Strelow

Anielle Gonçalves de Oliveira

 

Comissão Científica

Gilberto Sales - ICMBIO) 

Eliane Maria Martins – Univille

Maria Luiza Milani – UnC

Almir Cléydison Joaquim da Silva - UFPR

Hellen Alves Sá - UFPR

Max Richard Coelho Verginio - UNESC

Carolina Biz - UNESC

Talita Alves de Messias - UNISINOS

Ana Paula Klaumann - UFRGS

Lilian Adriana Borges - UNIDAVI

Mônica Aparecida Bortolotti - Unicentro

Andrei Stock - UNIDAVI

Hoyêdo Nunes Lins - UFSC

Wallace Pereira - UFPA

Luciana Dias - UNIDAVI

Armando Fornazier - UnB

Mohamed Amal - Furb

Patricia Oliveira e Silva - UFU

Cássia Heloisa Ternus - UNOCHAPECO

Daniel Sampaio  - UFES

 

Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense - APEC

apec@apec.pro.br