A NOVA EXCLUSÃO DA FILOSOFIA E A ANÁLISE DE SEUS PRETEXTOS

A NOVA EXCLUSÃO DA FILOSOFIA E A ANÁLISE DE SEUS PRETEXTOS

• Autor
• Ellen Freitas Alves Vieira
• Resumo

• A filosofia por muito tempo foi excluída da base curricular, voltando a pouco tempo graças a Lei n.º 11.684/08 de 2008, que a tornou obrigatória no ensino médio, porém, com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vemos um novo perigo tomar forma, já que novamente a importância da filosofia foi negligenciada, e para entendermos o motivo é preciso compreender como a base curricular foi formulada e quais são os motivos que levaram para essa nova “exclusão da filosofia”, fazendo uma análise do ensino da filosofia como matéria, vinculada com uma análise sociocultural brasileiro. A primeira parte a ser analisada é a cartilha que tem as informações da BNCC, mais especificamente, o capitulo 5.4. A área de Ciência Humanas e Sociais Aplicadas, onde diz que é feito uma continuação dos assuntos do ensino fundamental, porém com o foco principal na visão do adolescente sobre o indivíduo, buscando sempre a ética, para que o aluno possa se tornar critico a ponte de formular hipóteses contra ações ambíguas e contraditórias dos sujeitos e das estruturas sociais e que assim ele possa estabelecer diálogos e através deles possa formar duvidas sistemáticas. Todo o objetivo citado se encaixaria nos pontos centrais e principais que a filosofia atualmente tenta ensinar, apesar disso foi escolhida pelos elaboradores do Novo Ensino Médio que a filosofia não estivesse presente no ensino médio como matéria e sim como temas transversais, que serão abordados por professores da área de Ciência Humanas e Sociais Aplicadas. A segunda parte a ser explorada é a motivação que levou ao corte da filosofia como matéria, podemos citar dois, que são os mais visíveis empiricamente: a importância que o brasileiro dar a filosofia e o ensino desestimulante da matéria no ensino básico. Ao observar a sociedade brasileira e suas divisões percebemos que há uma dualidade econômica e cultural, separado assim coisas que só pertence ao ser “privilegiado” e coisas que pertence aos “menos favorecidos”, e uma dessas coisas é a filosofia, por não ser utilitarista e tecnicista é visto como utilidade ou até mesmo luxo da classe burguesa. Já quando falamos do ensino da filosofia, o grande problema é que não há um ensino de filosofia de fato e sim da história da filosofia, deixando o processo desinteressante e sem o real objeto do ensino da filosofia, que é a formação de uma mente crítica. Isso também é um problema na graduação, pois no Brasil não há uma formação voltada para o filósofo e sim para historiadores e comentadores. Objetiva-se a análise desses pontos para possibilitar o entendimento das motivações da sua exclusão e assim encontrar soluções viáveis para os problemas encontrados.  

• Palavras-chave
• Ensino. BNCC. Motivações.
• Área Temática
• GT 03 - Filosofia da Educação e Ensino de Filosofia