A POLITIZAÇÃO DA VIDA E A BIOPOLÍTICA EM AGAMBEN

A POLITIZAÇÃO DA VIDA E A BIOPOLÍTICA EM AGAMBEN

• Autor
• Tarciano Silva Batista
• Resumo

• O presente trabalho tem por objetivo precisar como, nas searas do pensamento de Walter Benjamin (1892-1940), Hannah Arendt (1906-1975) e de Michel Foucault (1926-1984), Giorgio Agamben problematiza a vida humana, a questão do direito e, por consequência, a biopolítica. A partir da exposição conceitual, desenvolvida a começar do problema do “declínio do Estado-nação e o fim dos direitos do homem” em Arendt, e ao passar pelo “Direito de morte e poder sobre a vida” em Foucault, buscaremos compreender a tese agambeniana de que o fruto basilar das formas de poder é a fabricação da vida nua. Visto que seja como elemento político, ou como fronteira de articulação entre vida e política, natureza e cultura, zoé e bíos, a mera vida constitui a arché (origem) da biopolítica ocidental. Em outras palavras, temos como desígnio problematizar a relação entre vida e política quando, divididos na origem e articulados entre si através das formas de poder, a vida humana (cidadã, consciente e livre) torna-se vida nua, isto é, matável pela decisão soberana impunemente e, consequentemente, as declarações e decisões políticas, vem a constituir uma biopolítica, ou seja, uma gestão calculada da vida dos indivíduos, bem como uma política de exceção.

• Palavras-chave
• Agamben. Biopolítica. Politização da vida.
• Área Temática
• GT 02 - Ética, Biopolítica e Direitos Humanos