Esse trabalho surge a partir das inquietações e discussões provenientes do Laboratório de Psicanálise Implicada (LAPSI/FCRN) acerca do “O mal-estar na civilização” de Freud e seus desdobramentos para pensar o estatuto da liberdade absoluta a partir da Psicanálise. Dessa forma, o objetivo da pesquisa consiste em discutir a impossibilidade de conceber a liberdade absoluta do sujeito. Para o desenvolvimento da seguinte produção será utilizado o método da revisão narrativa. Foram levantados artigos e dissertações que discutem: liberdade absoluta, a formação da civilização e do sujeito, a pulsão e o mal-estar. Para Freud, durante a formação do sujeito e a sua inscrição no processo civilizatório, haveriam três causas para o sofrimento humano: a força da natureza, finitude dos nossos corpos, e as implicações culturais e civilizatórias da vida em sociedade. Desse modo, não haveria como o sujeito dispor de liberdade absoluta ao mesmo tempo que encara o princípio do prazer, ou seja, algo da satisfação pulsional precisaria ser recalcado para a manutenção do projeto de sociedade. Pensar no desenvolvimento civilizatório, assim como na formação do inconsciente, é entender que em alguma medida o sujeito abre mão da pulsão. Portanto, a hipótese de um inconsciente como levantado pela psicanálise já dispõe um empecilho para a liberdade absoluta, visto que não há a possibilidade da constituição subjetiva sem a alienação do Outro.
Comissão Organizadora
Faculdade Católica do RN
Gabriel Loia
Ivana Cássia Cristiano Diniz
Andreza Vitória Ferreira de Aquino
shara gabriely marques gurgel
Marina Soares
Nicholas do Amaral Oliveira
Jose Alves Neto
Comissão Científica
Nayla de Freitas Fernandes
wíviny rodrigues de souza martins
Joice Milena de Oliveira Freitas
Samilly Marielly Ellis Silva
Davy Dias da Silva
Ligia do Rosário Moreira
Ítalo Carlos Soares do Nascimento