Essa pesquisa teve o intuito de fomentar o pensamento crítico a respeito da relação entre o mal-estar e medicalização na contemporaneidade. O mal-estar foi um conceito criado por Freud pensar as causas do sofrimento humano. Para o autor, uma das fontes de sofrimento é produzido pelos conflitos entre as regras impostas pela sociedade e a pulsão. Assim, o sofrimento seria algo inerente a condição humana, sendo incapaz de ser separado do indivíduo na civilização. Esse trabalho teve como objetivo problematizar a medicalização como tentativa de eliminar o mal-estar na sociedade. A partir do texto de Freud o “O mal-estar na cultura”, pretendeu-se pensar os modos de vida na atualidade e refletir como o sofrimento pode ser encoberto a partir da medicalização. Foi utilizado como método a revisão narrativa, uma vez que não buscamos produzir generalizações, mas um melhor entendimento da temática nos últimos anos. Além do texto freudiano, recorreremos a outros autores psicanalíticos e artigos retirados de bases de dados como Google Acadêmico, SciELO e periódico CAPES que discorrem a respeito das temáticas da medicalização e sofrimento psíquico. Acredita-se da necessidade de repensar a medicalização como saída para lidar o mal-estar próprio a condição humana, pois se essa é uma condição estruturante e inerente a vida, medicalizar torna-se um analgésico ou uma maneira de (não) tratá-lo.
Comissão Organizadora
Faculdade Católica do RN
Gabriel Loia
Ivana Cássia Cristiano Diniz
Andreza Vitória Ferreira de Aquino
shara gabriely marques gurgel
Marina Soares
Nicholas do Amaral Oliveira
Jose Alves Neto
Comissão Científica
Nayla de Freitas Fernandes
wíviny rodrigues de souza martins
Joice Milena de Oliveira Freitas
Samilly Marielly Ellis Silva
Davy Dias da Silva
Ligia do Rosário Moreira
Ítalo Carlos Soares do Nascimento