Com a emersão das tecnologias digitais, inaugura-se um novo campo na saúde. O que está em jogo não parece ser apenas o acréscimo de acessórios para otimizar processos de cuidado e saúde, mas o redirecionamento de parâmetros na racionalidade da práxis clínica. A psicopatologia orientada exclusivamente por marcadores digitais compromete a fala e a implicação do sujeito com seu sofrimento, ou seja, é a adesão radical do modelo anatomofisiologico para pensar o patológico. O objetivo deste trabalho é pensar as consequências a incorporação de instrumentos digitais nos procedimentos clínicos de saúde mental. Partindo do contexto apresentado, este trabalho demonstra sua relevância, visto a necessidade urgente de compreender os impactos da inserção de novas tecnologias, em sua ambivalência, na prática clínica. Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados indexadas, excluindo artigos pagos e materiais do tipo resenha ou editoriais. Ao passo em que a saúde está sendo trabalhada através de plataformas e empresas digitais, estas ganham ainda mais importância na sociedade contemporânea. Todavia, é válido destacar que uma saúde baseada em dados é desprovida de elementos fundamentais básicos para a prática clínica, como a escuta, construção de narrativas e transferência. O breve trabalho destacou algumas problemáticas que as “inovações” tecnológicas apresentam e é fundamental que pesquisas futuras aprofundem a temática, tanto na área da saúde mental como em outros campos clínicos.
Comissão Organizadora
Faculdade Católica do RN
Gabriel Loia
Ivana Cássia Cristiano Diniz
Andreza Vitória Ferreira de Aquino
shara gabriely marques gurgel
Marina Soares
Nicholas do Amaral Oliveira
Jose Alves Neto
Comissão Científica
Nayla de Freitas Fernandes
wíviny rodrigues de souza martins
Joice Milena de Oliveira Freitas
Samilly Marielly Ellis Silva
Davy Dias da Silva
Ligia do Rosário Moreira
Ítalo Carlos Soares do Nascimento