ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM AMIOTROFIA MUSCULAR ESPINHAL: UM ESTUDO DE CASO.

  • Autor
  • WHELLEM HOLANDA
  • Resumo
  •  

    A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença neurodegenerativa com herança genética autossômica recessiva. Causada por uma delação homozigótica do gene de sobrevivência do motoneurônio. Essa alteração genética causa a redução dos níveis da proteína de sobrevivência do motoneurônio, levando a degeneração de motoneurônios alfa da medula espinhal, resultando em fraqueza e paralisia muscular proximal progressiva simétrica. A atrofia muscular espinhal pode ser dividida em quatro subtipos: tipo I (forma grave infantil onde suas manifestações aparecem nos 0 a 6 meses); tipo II (intermediária, o seu desenvolvimento motor é normal de 6-12meses de vida); tipo III (forma leve, acomete crianças após 18 meses de vida, influenciando em seu desenvolvimento); tipo IV (Também conhecido como forma adulta, ainda não se tem um consenso definitivo quanto a idade de início). A AME é de difícil diagnóstico, dado pela evidência tanto eletrofisiológica como histológica de desnervação do músculo. Com o tratamento ainda incerto sabe-se que alguns cuidados básicos referente a nutrição, respiração e fisioterapia podem ser importantes para retardar o progresso da doença. Objetivo: Realizar um estudo de caso de um paciente portador de Atrofia Muscular Espinhal tipo I, com ênfase na assistência de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo descritiva, exploratória do tipo estudo de caso, no qual foram utilizados dados secundários obtidos a partir do prontuário de paciente. Para a coleta de dados utilizou-se um check list, na qual as informações pertinentes foram sendo preenchidas e estruturadas para a composição dos resultados. Estes estão embasados em três pilares: histórico, evolução e cuidados de enfermagem. A coleta procedeu-se no mês de janeiro, enquanto a coleta de dados bibliográficos estendeu-se entre os meses de novembro a janeiro, essa por sua vez consistiu na busca de artigos científicos originais. Resultados: Menor de 5 meses, nascido a termo por parto cesário. Aos três meses identificado uma pneumonia respiratória levando-o a internação, apresentando piora do quadro após internamento, necessitando internamento em unidade de terapia intensiva – UTI. Apresentando hipotonia evidente, sem controle da cabeça e não iniciava estímulos. Ao exame clínico de entrada apresentou-se regular em estado geral, hipoativo, reativo ao manuseio, hipotônico. Durante seu internamento na UTI apresentou insuficiência respiratória aguda, sendo submetido a intubação orotraqueal e ventilação mecânica (VMA), em uso de drogas vasoativas. Menor ainda apresentava grave comprometimento após desmame de VMA, sob acompanhamento de Neuropediatria realizou-se exame complementar de eletroneuromiografia evidenciando desnervação dos miótomos padrão eletrofisiológico compatível com AME, a biópsia muscular confirmou. Ainda encontra-se na UTI, apresentando hipotonia generalizada, paresia muscular de membros superiores, movimentação espontânea mínima e pouco funcional de pulso, do polegar e indicador. Segue no aguardo de cirurgia para implantação de uma gastrostomia por videolaparoscopia. Também se faz necessário uma traqueostomia, porém família do menor ainda não concorda, o mesmo segue em ventilação não invasiva (VNI) intermitente. Conclusão: A enfermagem em particular, tem o dever de passar uma assistência de qualidade nos cuidados, que são de extrema importância durante toda a vida dos pacientes com AME, tais cuidados abrangem suporte com toda a equipe multiprofissional.

  • Palavras-chave
  • Amiotrofia Muscular Espinhal, Assistência de Enfermagem, Estudo de Caso.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem Pediátrica
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