Introdução: Intoxicação exógena é o conjunto de efeitos nocivos representados por manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico produzido pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico.
Objetivo. Descrever o perfil dos casos de intoxicações exógenas de crianças (0 a 9 anos) admitidas em unidades de saúde do município do Natal no período entre 2013 a 2017.
Métodos. Realizou-se levantamento dos dados a partir das fichas de notificação de Intoxicação Exógena do Sistema de Informação de Agravos de Notificação das variáveis faixa etária, raça/cor, sexo, distrito sanitário de residência, local de exposição, agente tóxico, via de exposição, tipo de contaminação, tipo de exposição, tipo de atendimento, classificação final e evolução dos casos.
Resultados. Foram registrados 410 casos de intoxicação entre crianças de 0 a 9 anos, sendo 57,3% em crianças de 1 a 4 anos, 21,4% em crianças de 5 a 9 anos e 21,2% em crianças menores de 1 ano. Quanto ao critério raça/cor, identificamos alto índice de preenchimento inadequado do campo com 82,6% e 14,4% sendo classificado como parda/preta. Observa-se também maior incidência no sexo masculino 59% (n=242) em contraponto ao sexo feminino 41% (n=168). No tocante ao distrito de residência observamos importante acréscimo de casos em crianças residentes no distrito sanitário oeste, seguidos pelo distrito sanitário sul e distrito sanitário norte II. Quanto ao local de exposição, identificou-se que 32% dos casos ocorreu na residência da criança. O agente tóxico mais incidente foi 16,3% (n=67) alimentos e bebidas, 12,4% (n=51) medicamentos e 7,8% de produtos de uso doméstico. A via de exposição de maior importância epidemiológica foi a digestiva, seguida pela cutânea e respiratória. Quanto ao tipo de contaminação, identificou-se que 25,6% (n=15) ocorreu por uso acidental, 14,1 (n=58) por ingestão inadequada de medicamentos e 5,6% (n=23). O tipo de exposição mais frequente foi o aguda única com 42%. A evolução dos casos demonstrou que 40% destes evoluíram para cura sem sequelas.
Conclusão: Entende-se que conhecendo o perfil das intoxicações infantis é possível constituir subsídios que permitam trabalhar aspectos preventivos e terapêuticos destas intoxicações. Neste contexto, o enfermeiro assume um papel fundamental, atuando como educador junto aos pais e crianças, com o intuito de reduzir índices de mortalidade e minimizando aspectos relativos à morbidade deste tipo de acidente infantil.
Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados intensivos - CONECI possuem caráter científico e publica apenas trabalhos sobre o tema Enfermagem, dentro das suas diversas áreas. Contribuindo para o desenvolvimento técnico-científico-acadêmico da Enfermagem no Brasil, especialmente, na região Nordeste do País.
1. Serão aceitos trabalhos tipo relato científico e/ou de experiência, de natureza diversa (pesquisa qualitativa, quantitativa, extensão e de revisão), desde que relacionados ao escopo geral do evento, os campos Nome Completo e E-mail dos autores devem ser preenchido corretamente.
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3. O preenchimento e envio serão feitos exclusivamente por meio eletrônico.
4. Serão aceitos até 03 (três) trabalhos por inscrição no Congresso. Serão aceitos como co-autor até 02 (dois) trabalhos por inscrição no congresso. Cada trabalho poderá conter até 05 (cinco) autores.
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