PROGNÓSTICO SISTÊMICO DAS LESÕES CEREBRAIS IRREVERSÍVEIS: UMA REVISÃO

  • Autor
  • Eloysa Dos Santos Oliveira
  • Co-autores
  • Ian Rodrigo Nascimento e Silva , Naryllenne Maciel de Araújo , Daniele Vieira Dantas , Rodrigo Assis Neves Dantas
  • Resumo
  •  

    Introdução: o progresso científico e os recursos diagnósticos na terapia intensiva proveram por um período determinado a manutenção e suporte das funções básicas do organismo após a Morte Encefálica definida pelo Conselho Federal de Medicina, resolução nº 1.480/97 como a parada total e irreversível das funções encefálicas. Apesar do avanço da tecnologia médica é necessário que os profissionais de saúde utilizem o conhecimento fisiopatológico para intervir nos cuidados e manutenção dos órgão vitais para a doação pós-morte. Objetivo: destacar as repercussões sistêmicas após dano cerebral irreversível e os cuidados relevantes para a manutenção de potenciais doadores de órgãos. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo de revisão da literatura, com pesquisa realizada em março e abril de 2018, utilizando o espaço temporal de até 5 anos. Foi feito uso da Biblioteca Virtual em Saúde, Periódico CAPES e Scientific Electronic Library Online, onde foram selecionados artigos disponíveis em texto completo utilizando o cruzamento dos seguintes descritores: “morte encefálica; lesões encefálicas; obtenção de tecidos e órgãos; cuidados de enfermagem”. Resultados: após a confirmação diagnóstica de Morte Encefálica, o conhecimento da fisiopatologia e o envolvimento da equipe da terapia intensiva se fazem essenciais na manutenção dos órgãos para transplante. Devido às alterações metabólicas, há falência dos órgãos vitais, o que exige dos profissionais de saúde uma boa manutenção. Há alteração da fisiologia de todos os sistemas orgânicos, trazendo como repercussão a instabilidade hemodinâmica, disritmias cardíacas malignas, hipovolemia, anormalidades hormonais e hidroeletrolíticas. Assim devem ser metas da manutenção cardiovascular uma pressão arterial sistólica acima de 90 mmHg e freqüência cardíaca em torno de 100 bpm e pressão venosa central entre 8 e 10 mmHg. Além disso, a lesão cardíaca neurogênica deve ser evitada, neste ponto, métodos como Pré-condicionamento isquêmico podem ser indicados, reduzindo a isquemia do órgão-alvo. Em simpatectomia utilizar drogas vasoconstritoras, a vasopressina é mais indicada, além da infusão de líquidos, fazendo balanço hídrico. As córneas deve-se manter umedecidas com gaze e soro fisiológico 0,9%, aplicando gelo. Acerca da potencial hipotermia, manter o paciente aquecido acima de 35ºC, com mantas térmicas e compressas quentes. Para doação de fígado ou intestino, é necessário uma lavagem gástrica com temperatura acima de 37ºC, e a permanência da dieta enteral promovendo melhora dos receptores. Com a ventilação mecânica, deve ser garantido uma saturação arterial de oxigênio superior a 90%, e fração inspiratória em torno de 40%, com pressões inspiratórias baixas para prevenir barotrauma e ainda atentar para alcalose que resulta do tratamento ventilatório para combate a elevação da Pressão Intracraniana. Conclusão: o conhecimento da fisiopatologia da lesão cerebral irreversível é imprescindível para a melhoria dos processos de cuidar de doadores com morte encefálica e suas famílias, pois propicia um diagnóstico mais fidedigno para a condição auxiliando na relação que o profissional deverá ter ao dar suporte para a família. Aliado a aproximação o questionamento sobre a doação de órgãos tem espaço para ser dialogado, implementando-se os cuidados para manutenção e aumentando assim o número de órgãos viáveis para transplante.

  • Palavras-chave
  • Lesões encefálicas; Morte encefálica; Cuidados de enfermagem.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem Terapia Intensiva
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