A Contabilidade Gerencial é um ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais (CREPALDI, 1998). Para Ricardino (2005), contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração, análise e comunicação de informações financeiras, que o setor de administração das empresas utilizam para o planejamento e controle da entidade, assegurando o uso apropriado de seus recursos e das tomadas de decisões.
Os relatórios gerenciais contábeis podem ser modificados e adaptados conforme o porte e a necessidade dos administradores da entidade (BRAGA, 1989), visando o monitoramento e alcance de estratégias propostas para a organização (BEUREN; ERFURTH, 2010) e servindo como suporte aos gestores na tomada de decisão (PADOVEZE,1997), pois de acordo com Rodrigues (2011) muito dos problemas de gestão deve-se ao uso de forma errada das ferramentas gerenciais.
Deste modo, surgem novas ferramentas de apoio a Contabilidade Gerencial e as tradicionais vão sendo integradas as novas, visando um aperfeiçoamento e o desempenho das organizações. Soutes e Guerreiro (2006) definem essas ferramentas como artefatos, atividades, ferramentas, filosofias de gestão, instrumentos, métodos de custeio, modelos de gestão, métodos de avaliação ou sistemas de custeio que possam vir a ser utilizados por profissionais contábeis no exercício diário de suas funções. A importância de informações gerenciais para empresas, gerou a necessidade de saber como as empresas de utilidade doméstica listadas na B3 estão utilizando esses artefatos, por meio da divulgação dessas ferramentas em seu relatório
Diante disso, tem-se como questão de pesquisa: Quais as ferramentas de contabilidade gerencial mais utilizadas e divulgadas por empresas de capital aberto do segmento de utilidade doméstica?
Com isso esse trabalho, tem como objetivo geral: verificar as ferramentas de contabilidade gerencial mais divulgadas pelas empresas de capital aberto do segmento de utilidade doméstica.
Os objetivos específicos são: I - Identificar as ferramentas de contabilidade gerencial que se adapta ao ramo de utilidade doméstica; II – identificar as mais divulgadas por empresas do ramo de móveis, utensílios domésticos e eletrodomésticos; III - Observar se as ferramentas utilizadas são classificadas como tradicionais ou modernas.
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva, quanto ao procedimento é uma pesquisa documental. A pesquisa tem natureza qualitativa, dessa forma será feito uma analise sob os dados coletados, para seja possível a compreensão e interpretação.
A totalidade das empresas deste segmento consiste em 6 (seis) empresas, sendo elas: HERCULES S.A. FABRICA DE TALHERES, NADIR FIGUEIREDO IND E COM S.A., UNICASA INDÚSTRIA DE MÓVEIS S.A., MAGAZINE LUIZA S.A., VIA VAREJO S.A., WHIRLPOOL S.A.
Os dados foram retirados da B3 e dos sites das empresas referente ao período de 2013 e 2017. No site da B3 foram coletadas as notas explicativas e no site das empresas foram coletados Relatórios Anuais e Relatórios de Sustentabilidade. Em seguida, foram identificados nos relatórios os artefatos divulgados pela empresa
percebe-se que o artefato mais presente durante a análise, trata-se do valor presente, sendo evidenciado em 47 (quarenta e sete) vezes nos relatórios das empresas analisados durante o período de 2013 a 2017, representando que o segundo estágio evolutivo, o mesmo trata-se de ter foco sobre o fornecimento de informações para o planejamento e controle gerencial, a quantidade relevante de observações estão relacionadas ao fato de que a norma exige que os itens do Balanço Patrimonial seja reconhecido pelo seu valor presente líquido. O segundo artefato mais evidenciado foi o orçamento, evidenciado 28 (vinte e oito) vezes, que também é destacado no segundo estágio.
Planejamento estratégico também aparece em segundo lugar como um dos artefatos mais divulgados, porém o planejamento estratégico faz parte do terceiro estágio evolutivo que de acordo com Soutes (2006) prioriza a redução de desperdício dos recursos utilizados nos processos da empresa. Observa-se que as empresas do setor têm interesse em planejar suas estratégias e o orçamento para que a empresa tenha condições de se manter no mercado.
O primeiro estágio determina os custos e o controle financeiro utilizando a contabilidade de custos, as empresas do setor só divulgaram um artefato desse estágio que totalizaram, nos 5 (cinco) anos, 12 (doze) observações. O quarto estágio, é promovida a criação de valor com retorno para os clientes e acionistas, como está descrito no documento IMAP 1, divulgado pelo IFAC (1998), as empresas só evidenciaram dois artefatos desse estágio, EVA e GECON e com uma frequência de observações pequena se comparado aos demais setores.
Observa-se que os estágios com menor frequência de observações de suas ferramentas foi o primeiro, provavelmente por ser muito básico e o quarto estágio que em contrapartida já é mais avançado e requer informações mais bem elaboradas. O primeiro estágio são ferramentas para controle interno, já o quarto é voltado para usuários externos a empresa.
Os estágios que prevalecem apresentam ferramentas que ajudam na gestão, visando a melhoria na gestão e permitindo que a empresa faça planejamento adequado para se manter no mercado.
A pesquisa é descritiva e documental, os dados foram coletados em relatórios de. Nos resultados é possível observar que os artefatos presentes nos segundo e terceiro estágios são os mais divulgados. Sendo o segundo estágio relacionado ao planejamento e controle gerencial e o terceiro estágio relacionado a redução da perda através dos custos.
Conclui-se que com base no que as empresas do setor evidenciam, a ferramenta mais utilizada tem uso obrigatório e que os demais representam o fornecimento de informações que permita reduzir gastos de recursos possibilitando facilitando o planejamento estratégico da organização. Ressalta-se como limitação que os resultados encontrados têm relação com o que as empresas divulgaram que utilizam de ferramentas ditas gerenciais, mas isso não significa que essas empresas não utilizem outros artefatos e não os divulguem.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017